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O petróleo Brent, referência global para a commodity, subiu 3,29%, marcando o maior ganho desde o fim de maio, enquanto o petróleo nos EUA subiu 2,19%, o maior avanço em dois meses
O petróleo disparou quase 4% nesta segunda-feira, após um rali nos mercados de gasolina e diesel por causa de uma interrupção em refinaria, o que ajudou os contratos futuros a avançarem após mínimas de vários meses. O dólar caiu para uma mínima de quase duas semanas e também fez com o petróleo e outras commodities denominadas na moeda americana se tornassem mais acessíveis para portadores de euro e outras moedas
As ações da mineradora Vale se beneficiaram dessa expectativa. Os papéis preferenciais fecharam em alta de 3,62%, para R$ 15,45. As ações ordinárias subiram 5,05%, para R$ 19,35. Os papéis da Petrobras também se valorizaram nesta segunda, após o tombo registrado na sexta-feira. As ações mais negociadas da Petrobras subiram 2,68%, para R$ 9,95, após caírem 6,1% na sexta-feira. Os papéis com direito a voto tiveram avanço de 3,77%, para R$ 11,01, depois de desabarem 7,42%
A Bolsa brasileira recuperou parte das perdas registradas da sexta-feira ---quando atingiu o menor patamar desde março--- e fechou em alta de 1,60%, para 49.353 pontos. Dados abaixo do esperado da balança comercial chinesa elevaram a expectativa de que o governo do país adote uma nova rodada de estímulos econômicos, o que ajudou a animar os mercados internacionais nesta segunda
"As declarações [de representantes do Fed] diluíram a expectativa de um aumento em setembro. A maioria apostava que os juros já subiriam em setembro, mas agora há analistas que veem alta apenas em dezembro", diz Maurício Nakahodo, do Banco de Tokyo-Mitsubishi. A interpretação fez com que a maioria das moedas emergentes se valorizasse em relação ao dólar. Da cesta de 24 principais moedas, 19 se apreciaram ante o dólar nesta segunda
Declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central americano) também contribuíram para a desvalorização do dólar. Stanley Fischer, vice-presidente do Fed, afirmou que a inflação nos Estados Unidos está "muito baixa", mas apenas temporariamente. Além disso, ressaltou, a economia americana já estaria perto de alcançar o pleno emprego. Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da Invx Global Partners, o mercado interpretou as declarações como indício de que o Fed ainda não estaria disposto a elevar os juros nos EUA em setembro
Parte da queda do dólar é atribuída à maior rolagem de contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) pelo Banco Central. Na semana passada, a autoridade monetária elevou de 6.000 para 11 mil o volume de contratos oferecidos. "A rolagem maior ajudou a conter a valorização do dólar. Mas o real tem apresentado um comportamento bem volátil em relação a outras moedas. Não só por questões internacionais, mas também por questões domésticas", avalia Maurício Nakahodo, economista do Banco de Tokyo-Mitsubishi
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com desvalorização de 1,52%, para R$ 3,459. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, teve queda de 1,90%, para R$ 3,443
O dólar fechou em baixa nesta segunda-feira ainda sob efeito do aumento da atuação do Banco Central no mercado de câmbio, anunciada na última quinta-feira. Também contribuíram para a queda da moeda americana declarações indicando que o aumento dos juros nos Estados Unidos pode ficar para depois de setembro
A produção dos maiores produtores de petróleo não convencional (shale) dos Estados Unidos deve ter forte recuo pelo quinto mês consecutivo em setembro, mostraram dados da AIE (Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos) nesta segunda-feira. A expectativa é que a produção dos três maiores participantes do mercado deve recuar aproximadamente 75 mil barris por dia em setembro ante o mês de agosto, disse a AIE em seu relatório mensal de produtividade de perfurações
Atualizado em 29/11/2024 | Fonte: CMA | ||
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