Protestos no Brasil

Quase um mês depois dos protestos que levaram multidões às ruas nas principais cidades do país contra o governo Dilma Rousseff, os movimentos que pedem o impeachment da presidente voltaram a se manifestar neste domingo (12).

Desde o início da manhã, 24 Estados, além do Distrito Federal, registraram atos contra o governo e reuniram cerca de 543 mil pessoas.

Em São Paulo, o ato teve início oficialmente às 14h, mas desde o início da manhã manifestantes já se concentravam na av Paulista. Segundo o Datafolha, 100 mil pessoas se reuniram na avenida, número bem inferior aos 210 mil do protesto de 15 de março. Cerca de 25 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, protestaram em Brasília. No Rio, a PM estimou em 12 mil os participantes.

As manifestações de 15 de março reuniram cerca de 210 mil pessoas na avenida Paulista, segundo o Datafolha, e foram as maiores realizadas na capital desde os comícios pelas Diretas Já, em 1984. Até agora não foram divulgadas estimativas de público em São Paulo no ato deste domingo (12).

Segundo o Datafolha, quase dois terços dos brasileiros (63%) afirmam que, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito da Operação Lava Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma. O desconhecimento a respeito do que aconteceria depois disso, porém, é grande.

• 12h51  

  SÃO PAULO - Na esquina da rua Augusta com a av. Paulista, em São Paulo, um grupo recolhe assinaturas para a criação do Partido Militar Brasileiro.
  
  "Não apoiamos qualquer movimento intervencionista ou que peça a volta da ditadura," afirma o consultor de TI Wagner Pisani, 54. "Se nós quiséssemos a volta da ditadura, não estaríamos tentando criar um partido. Temos por princípio os valores democráticos."

• 12h52  

  SÃO PAULO - Outro militante do PMB, Sérgio Weber, 49, administrador, afirma que o partido juntará civis e militares para criar "o primeiro partido de direita do Brasil, pra fazer frente a toda essa esquerda". Os militantes também colhem assinaturas para a abertura de uma CPI no BNDES.

• 12h57  

  BELO HORIZONTE - Na hora marcada para o início da caminhada em BH, rumo à praça da Estação, 3.000 pessoas se reúnem na praça da Liberdade, segundo a PM. A organização do evento fala em 6.000.
  
  Os discursos feitos até agora pedem a cassação, a renúncia ou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

• 13h01  

  SÃO PAULO - O presidente estadual do Movimento Federalista, Célio Antunes, 52, afirma que o grupo quer o país se torne federalista "de verdade", como os EUA, e que a solução é mudar o sistema. O movimento recolhe assinaturas para diversos pleitos, entre eles a criação do Partido Federalista. No protesto do dia 15, conseguiram 50 mil assinaturas.

• 13h00  

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  Movimento federalista participa de protesto na av. Paulista (Crédito: Patrícia Pamplona/Folhapress)

• 13h01  

  BELÉM - Cerca de 5.000 pessoas, segundo nova estimativa da Polícia Militar, reúnem-se neste momento na região central da capital do Pará.
  
  Depois de passeata, o grupo parou em frente à região das docas para rezar um Pai Nosso. Em seguida cantaram o Hino Nacional.
  
  Durante o caminho, manifestantes estimularam buzinaço dos motoristas e convidavam as pessoas nos prédios a agitar bandeiras do Brasil que estavam estendidas nas janelas e sacadas.

• 13h02  

  

  SALVADOR (BA) - Manifestantes percorrem trecho próximo ao Farol da Barra na orla de Salvador | Foto: João Pedro Pitombo/Folhapress

• 13h02  

  RIO DE JANEIRO - Um homem foi retirado da manifestação em Copacabana, e não detido, como havia sido informado anteriormente. Ele caminhava com megafone e a bandeira do PT. Manifestantes começaram a hostilizá-lo, dando origem a um tumulto. Ele foi retirado por policiais da manifestação, em carro da PM, como medida de segurança.

• 13h11  

  

  Em Brasília, os carros de som começam a sair da frente do Congresso e se dirigir de volta à rodoviária (Crédito: Aguirre Talento/Folhapress)

• 13h12  

  BRASÍLIA - A PM informou que foram efetuadas duas prisões em Brasília: uma de um morador de rua, que estava xingando manifestantes e, outra, de um homem que estava no meio de uma discussão e ameaçou um manifestante com uma barra de ferro.
  
  Os manifestantes começam a dispersar na capital federal. Oficialmente, o protesto foi encerrado.