Duas ações policiais conjuntas mataram três homens que faziam reféns em locais distintos da França. Dois deles, os irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, são suspeitos de participar do massacre ao jornal satírico “Charlie Hebdo”.
O terceiro suspeito morto, Amedy Coulibaly, 32, invadiu um mercado judaico em Porte de Vincennes, em Paris, e também fazia reféns no local. Segundo a Reuters, o sequestrador e mais quatro reféns foram mortos.
Segundo a agência AFP, Coulibaly seria ligado a um dos irmãos Kouachi. Coulibaly era suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa nesta quinta-feira (8), em Montrouge.
Dezenas de viaturas da polícia francesa se encontram ao redor de uma floresta em Longpont, no departamento de Aisne (norte da França). Não há, entretanto, confirmação de que os suspeitos estejam na região.
O ministro do interior francês, Bernard Cazeneuve, anunciou em pronunciamento oficial que convocará ministros de outros países europeus para discutir sobre o terrorismo no continente. O ministro afirmou, também, que por enquanto não há indícios de ligação entre o ataque que matou uma policial na manhã desta quinta-feira (8) na zona sul de Paris e o atentado à redação do jornal satírico "Charlie Hebdo" na quarta-feira (7).
Mensagens aos artistas mortos, na parede de um beco próximo à redação do "Charlie Hebdo" (Diogo Bercito/Folhapress).
Agências de notícias confirmam que os suspeitos pelo ataque ao "Charlie Hebdo" na quarta-feira (7) abandonaram seu veículo próximo a uma floresta, em Longpont, a norte de Paris.
Polícia francesa reforça patrulhamento em pontos turísticos de Paris nesta quinta-feira (8). A capital francesa encontra-se em alerta máximo de segurança após o ataque à sede do jornal "Charlie Hebdo", nesta quarta-feira (7). Dois suspeitos pelo atentado estão foragidos. (Bertrand Guay/AFP)
Agentes de saúde divulgaram informações sobre o estado de saúde dos feridos no ataque desta quarta-feira (7) em Paris. Das 11 pessoas feridas, quatro encontram-se em estado grave e, após passarem por cirurgia, permanecem hospitalizados. Outras sete pessoas foram hospitalizadas mas devem receber alta em breve. Outras 65 pessoas podem estar sujeitas a "traumas psicológicos" e receberam atendimento médico-psiquiátrico. 12 pessoas morreram no tiroteio.
Nas redes sociais, vários militantes jihadistas saudaram o ataque desta quarta-feira (7) em Paris. A rádio da milícia radical Estado Islâmico considerou os autores do atentado "heróis".
Autoridades parisienses classificaram como "ato terrorista" o ataque que matou uma policial e feriu um gari na zona sul da capital francesa na manhã desta quinta-feira (8). O atirador fugiu logo em seguida. Ainda não se sabe se o ataque está relacionado ao atentado de ontem na sede do jornal satírico "Charlie Hebdo", que deixou doze mortos.
Uma bandeira foi encontrada no carro abandonado pelos suspeitos do ataque desta quarta-feira. A bandeira apresenta símbolos jihadistas, comuns ao Estado Islâmico e à Al Qaeda. Por isso, é difícil concluir se os suspeitos têm ou não ligação com alguma dessas organizações.
Por conta da operação policial de busca pelos suspeitos pelo ataque em Paris, as regiões de Ile de France e Picardie, localizadas a norte da capital francesa, entram em estado de alerta.