Duas ações policiais conjuntas mataram três homens que faziam reféns em locais distintos da França. Dois deles, os irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, são suspeitos de participar do massacre ao jornal satírico “Charlie Hebdo”.
O terceiro suspeito morto, Amedy Coulibaly, 32, invadiu um mercado judaico em Porte de Vincennes, em Paris, e também fazia reféns no local. Segundo a Reuters, o sequestrador e mais quatro reféns foram mortos.
Segundo a agência AFP, Coulibaly seria ligado a um dos irmãos Kouachi. Coulibaly era suspeito do assassinato de uma policial municipal francesa nesta quinta-feira (8), em Montrouge.
Um membro do governo americano consultado pelo jornal “The New York Times” disse nesta quinta (8) que Said Kouachi, 34, um dos suspeitos de participar do atentado ao semanário “Charlie Hebdo” fez treinamento em um campo da Al Qaeda na Península Arábica, no Iêmen, em 2011.
Segundo a publicação americana, ele teria passado meses no país. Ele e o irmão, Chérif, 32, eram investigados por vínculo com grupos terroristas e, por isso, tinham sua entrada proibida nos Estados Unidos.
Mais cedo, autoridades francesas afirmaram que Chérif foi preso em 2005 quando tentava embarcar para a Síria, de onde se uniria à Al Qaeda para combater contra as forças dos Estados Unidos no Iraque.
O editor-executivo do grupo do jornal britânico "Guardian", Alan Rusbridger, afirmou no Twitter que doará 100 mil libras (R$ 405 mil) ao semanário francês "Charlie Hebdo".
A explosão ocorrida em Villejuif, perto de Paris, no início da noite (tarde em Brasília) atingiu dois carros à venda que estavam estacionados em uma garagem. Segundo testemunhas, a explosão foi tão forte que uma parte do teto de um dos veículos colidiu em uma árvore, a seis metros de distância.
Até as 18h30 desta quinta (8), cerca de 3,5 milhões de mensagens no Twitter usaram a hashtag #JeSuisCharlie em todo o mundo. No Instagram, foram 648 mil fotos etiquetadas.
A ministra da Cultura da França, Fleur Pellerin, pedirá ao governo que autorize uma ajuda de € 1 milhão (R$ 3,16 milhões) ao "Charlie Hebdo"
As delegações presentes na sede da ONU fizeram um minuto de silêncio em memória às vítimas do ataque em Paris.
A torre Eiffel apagada, em sinal de luto pelo atentado ao semanário "Charlie Hebdo".
Carro explode na cidade de Villejuif, perto de Paris. Não há informações se a explosão, que não deixou vítimas, está ligada ao atentado de ontem
Luzes da Torre Eiffel se apagaram há pouco para homenagear vítimas de atentado.
A área em torno da redação do “Charlie Hebdo”, alvo do atentado de quarta-feira (7), permanecia nesta quinta-feira (8) isolada pelas autoridades francesas. Moradores passavam por ali para deixar flores e acender velas. Também estavam coladas nas paredes de becos as ilustrações polêmicas da publicação satírica, com mensagens de apoio. Um muro havia sido pintado com a mensagem: RIP Charlie. Além dos pequenos grupos que se amontoavam nos bloqueios policiais, havia diversas equipes de jornalistas gravando imagens do local, na rua Nicolas-Appert, número 9.