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Eleição 2014: Folha promove sabatina com Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição no pleito de outubro, participou nesta segunda-feira (28) da série de sabatinas realizadas pela Folha, pelo portal UOL (ambos do Grupo Folha), pelo SBT e pela rádio Jovem Pan.

A entrevista foi conduzida pelos jornalistas Ricardo Balthazar (Folha), Josias de Souza (UOL), Kennedy Alencar (SBT) e José Maria Trindade (Jovem Pan).

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 15 e 16 de julho, Dilma mantém a liderança da disputa pelo Palácio do Planalto com 36% das intenções de voto. O tucano Aécio Neves aparece na segunda colocação com 20%, seguido pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos com 8%.

Assista à íntegra da entrevista - parte 1




Assista à íntegra da entrevista - parte 2

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  • 15h37  

    Dilma O ano passado falaram a mesma coisa da economia, falaram que haveria apagão. Há um pessimismo com a economia do mesmo jeito que havia contra a Copa. A economia vive de expectativa.

    Receitaram o racionamento pra mim, todos os meses do ano, com consequência de queda de 2 pontos do PIB, e nada disso ocorreu, pelo contrário. Podemos passar pelo pior período de Seca da história, sem falar em racionamento, porque nós fizemos 24 mil MW de energia nova. O setor elétrico é hidrotérmico por que eu não posso fazer reservatório nos rios da Amazonia.

  • 15h36  

    Ricardo Balthazar (Folha) Não é a melhor comparação, presidente, os números em relação a economia são ruins

  • 15h36  

    Dilma Não sei de quem é essa crítica, eu não vi. Eu vou responder em geral. Eu acho que economia é expectativa . Característica de vários segmentos é especular. Sempre que especularam não se deram bem, aí a conjectura passa e eles se dão mal. Na eleição 2002 quem especulou contra Lula se deu mal.

    Um país não deve aceitar uma interferência de qualquer instituição financeira de qualquer nível.

    Sobre o Santander, eu acho inadmissível. Eu não sei oque farei, eu não vou especular. Eu sou presidenta da república, eu tenho de ter uma atitude mais prudente.

    O pedido de desculpas do banco foi bastante protocolar.

    Eu conheço bastante bem o CEO do banco, eu pretendo inclusive conversar pessoalmente com ele.

    Eu acho que há no Brasil um jogo de pessimismo inadmissível. Vamos discutir a Copa. No dia que começou a Copa, vocês botaram no Jornal “A Copa está resolvida nos gramados e não está bem fora do campo”. Houve gente que disse que seria a Copa do Caos, que o Brasil estava aquém, que deveríamos ter vergonha, etc... até epidemia de Dengue falaram. Isso é grave.

  • 15h36  

    Kennedy Alencar (SBT) O mercado financeiro tem uma torcida grande contra a Senhora, a gente viu o banco Santanter, os empresários... O crescimento é menor, os juros são altos e a inflação está alta. Como a Sra avalia essa crítica?

  • 15h34  

    Tuíte de Salles Feroli (‏@mrsalles) - Dilma dando um tapa na sociedade que julgou a Copa antes mesmo dela acontecer... <3 #SabatinaDilma

  • 15h33  

    Dilma Não concordo de que tenha alguma coisa errada no combate à inflação. O sistema de metas foi criado em 1999. Nesses 15 anos, em 12 deles a inflação esteve acima do centro da meta. Em 5 esteve acima do limite superior da banda, se considerar 6,5. Nós estamos naquele momento, ela ficará abaixo do limite superior da meta. Hoje está 0,02 acima do centro da meta e em uma trajetória decrescente. O IPCA 15 deu 0,17. No Brasil, sabe-se que no primeiro semestre sobe e desce no segundo. Eu acho interessantíssimo. No meu período a minha inflação, se comparar com os governos FHC e Lula, o meu e o do ex-presidente Lula se calibram. Então, acho que usam dois pesos e duas medidas. A inflação não está descontrolada. Ela está no teto da banda. No Brasil, só quatro ou cinco anos esteve no centro da meta. Acho que nós estamos enfrentando a mais grave crise econômica. Todos nós erramos pois não tínhamos ideia do grau de descontrole. O mundo errou porque saiu completamente do controle a crise do sistema financeiro internacional. No Brasil, tentamos impedir que o tradicional efeito da crise, como a geração de desemprego, acontecesse. Minimizamos os efeitos da crise na economia brasileira. Quero lembrar que apesar da tempestade perfeita que ia ocorrer em setembro/outubro do ano passado como mídia previu, não ocorreu. Olha eu gosto do Delfim, mas eu descordo. Toda a mídia encapou a tempestade perfeita,. Era uma crise cambial e, com isso, a a economia ia entrar em processo caótico. Como que esse país vai entrar nessa crise. Somos no mundo inteiro, dos 20 maiores países, quantos fazem superávit primário? São seis, e um é o Brasil. Nós temos robustez fiscal, a dívida líquida caiu para 34%.

  • 15h29  

    Josias de Souza (UOL) A senhora chega ao final do seu mandato com a inflação acumulada nos últimos 12 meses acima do teto da meta. Não há uma parte da responsabilidade pela degradação econômica?

  • 15h26  

    Tuíte de Gilma Pereira (‏@Gilminha) - #SabatinaDilma A presidente destacou que, apesar da crise, o país gerou mais de 5 milhões de empregos durante seu mandato

  • 15h22  

    Tuíte de Aline Ripoli ‏(@Aline_Ripoli) - "Eu, definitivamente, não discuto ministério." Começou bem a sabatina, fugindo das perguntas como sempre.

  • 15h21  

    Dilma Não vou falar de perfil de ministros. Nós, a partir de 2010, 2011, tivemos uma piora no que se refere a crise em relação aos emergentes. A crise começou em 2008, e houve uma mudança na situação econômica internacional neste período. Nenhum país se recuperou. No início do ano estive em Davos, e os países desenvolvidos estão tendo uma modestíssima recuperação. Todos os indicadores de consumo da economia americana estão se desacelerando. O FMI inclusive pretende revisar todas as taxas de crescimento para baixo, nós, ao contrário, entre 2011 a 2014 estivemos uma taxa de crescimento acima da média. A Europa crescendo pouco acima de zero. Alguns países ainda com taxa negativa de crescimento. Não é a situação que esperávamos. Tanto a índia como a China tiveram reduções grandes em sua taxa, de 10% está próxima que zera a economia, a mesma coisa com a India. Nós crescemos no ano passado 2,5%. Nos países do g20, fomos um dos que mais cresceram. Enfrentamos a crise, enfrentamos altas taxas de desemprego.

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