Siga aqui, minuto a minuto, a cobertura do Fórum de Exportação, evento promovido pela Folha nesta quarta (27) e quinta-feira (28) e que traçará um panorama do comércio exterior brasileiro e discutirá a inserção do país na economia global. O Brasil é a sétima maior economia do planeta, mas representa apenas 1,3% do comércio. Por que a indústria brasileira não consegue exportar? Vale a pena vender produtos agrícolas? Como acabar com as gigantescas filas de caminhões nos portos? O Brasil deve assinar mais acordos bilaterais? Estes são alguns dos tópicos que serão discutidos. Entre os temas abordados também estão a crise na Argentina e o impacto para as exportações brasileiras, o protecionismo do governo Dilma e os efeitos para o Brasil da queda de preço das commodities agrícolas.
Marcos Jank encerra a sua participação no debate e se despede da plateia.
“O Brasil não deve escolher região, mas estar aberto para negociar com todo mundo”, diz Jank.
Sobre a África, Jank diz que a política de aproximação comercial com o continente é importante, mas não pode ser a única. Já Castro diz que o percentual de exportação para a África em 2003 é o mesmo de hoje.
Quando questionado sobre os negócios da BRF no Oriente Médio, Jank disse que as maiores oportunidades não estão em produzir mais para exportação, mas sim em entrar na cadeia de produção dos países importadores.
Para Jank, a integração global pode prejudicar os setores menos produtivos, mas beneficia o consumidor.
Jank diz acreditar que a abertura do Brasil nos anos 90 foi importante para a indústria ser mais competitiva. Hoje o país precisa dar um novo salto.
Castro ressalta que o Brasil é um país superavitário. Para ele, somos um grande exportador de petróleo (com o pré-sal), de minérios, além de termos grandes extensões territoriais. Somado a isso, hoje o mundo demanda mais alimentos. Para Castro, não haverá no futuro queda de preço das commodities.
Com base em dados de 2005, Castro diz que 70% dos produtos manufaturados exportados pelo Brasil são produzidos por empresas estrangeiras. Mas ele acredita que o número não tenha se alterado significativamente hoje.
“Talvez o grande salto que exista em setores de agronegócio é você passar de uma mentalidade de exportação para uma mentalidade de investimento”, diz Jank.
"Um dos desafios para o Brasil é adicionar valor através de marcas, fazer produtos diferenciados", diz Marcos Jank.