Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
"Acredito que a Bolsa deve ter correção pelos próximos três dias, até segunda-feira. A volta das especulações sobre quando serão cortados os estímulos nos EUA só deve acontecer em outubro, quando saem dados mais atualizados do mercado de trabalho daquele país", diz Wagner Caetano, diretor da consultoria Cartezyan
"A Bolsa brasileira está em um momento de correção natural. Ela deve continuar sendo afetada pelos desdobramentos do futuro dos estímulos nos Estados Unidos. A manutenção do programa foi boa, por um lado, mas ruim por outro. Apesar de ajudar a manter recursos estrangeiros nos emergentes, a medida também mostra que a maior economia do mundo ainda não se recuperou, o que é ruim", diz Wagner Caetano, diretor da consultoria Cartezyan
Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, cai 0,85%, a 55.226 pontos; as ações da OGX, petroleira de Eike Batista, cedem 6,82% e lideram as perdas do índice
"No ano que vem, eleitoral, tudo pode acontecer, inclusive o dólar ultrapassar um pouco R$ 2,50. Mas é improvável. A oscilação [do dólar] em períodos como este não é baseada em fundamentos, mas, sim, num fator pontual. Tem troca de presidente do Banco Central também, o que influencia [no câmbio]. Mesmo assim, tanto a base do governo atual quanto a oposição convergem para um dólar controlado", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
"A diferença do remédio e do veneno é a dose. Dólar muito alto é ruim, mas muito baixo também. O mercado já chegou a falar em dólar a R$ 2,70 neste ano. Nunca acreditei nisso. O dólar já mostrou que chega, no máximo, entre R$ 2,40 e R$ 2,50. O governo tem ferramentas infinitas para controlar esse valor. E ele não vai hesitar para fazer uso delas", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
"O plano de intervenções do Banco Central brasileiro até o final do ano já ajudou o que tinha que ajudar. O ministro da Fazenda [Guido Mantega] já sinalizou que pode cortá-lo, caso seja necessário. Acho que isso pode acontecer se [o dólar] cair para menos de R$ 2,20, pois prejudicaria os exportadores. A indústria começaria a reclamar. E o governo nunca escondeu que R$ 2,20 é um valor considerado confortável para ele", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
"O banco central americano vai cortar o estímulo naquele país. Isso já está certo, só não sabemos quando. O mercado deve voltar a se posicionar como comprado (com operações em que se ganha com a alta do dólar) por causa disso. É perfeitamente possível que o dólar volte a encarecer, mas deve ficar entre R$ 2,20 e R$ 2,30, na minha opinião", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
"Como o mercado financeiro tem como característica antecipar o que pode acontecer, os investidores fizeram posições compradas (em que se ganha com a alta do dólar) prevendo o corte nos estímulos nos EUA. Se houvesse o corte nesta semana, o dólar já estaria no preço correto, perto de R$ 2,40. Como não houve, a moeda caiu", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
"O movimento do dólar hoje reflete um ajuste natural ao desempenho de ontem. É realização de lucros. Quem tava vendido (com operações em que se ganha com a queda do dólar) teve ganhos. Os fundamentos da economia não permitem que o dólar esteja abaixo de R$ 2,20. Pouco crescimento, inflação, tudo isso desestimula o ingresso de capital no país", diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora
Em Milão, o índice Ftse/Mib ganhou 1,43%, para 18.059 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 expandiu 1,01%, a 9.153 pontos; em Lisboa, o índice PSI20 ganhou 0,16%, para 5.980 pontos