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EUA: índice Dow Jones avançou 0,23%, para 15.529 pontos; índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,42%, a 1.704 pontos; termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,75%, para 3.745 pontos
Bolsas dos Estados Unidos fecham em alta nesta terça-feira na expectativa de que o Federal Reserve (banco central americano) faça apenas mudanças moderadas no seu programa de estímulo monetário, que tem amparado o mercado desde 2009
Dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em queda de 0,64% em relação ao real, cotado em R$ 2,257 na venda, menor valor desde 26 de julho deste ano, quando estava em R$ 2,251; dólar comercial, utilizado no comércio exterior, encerrou o dia com desvalorização de 1%, a R$ 2,260, também no menor preço desde 26 de julho deste ano, quando estava em R$ 2,256
Papéis do setor de imobiliário e de construção também fecharam em alta e ajudaram a Bolsa brasileira a encerrar o dia no azul; destaque para PDG (+4,08%, R$ 2,55), Rossi Residencial (+3,77%, R$ 3,03) e Gafisa (+3,17%, R$ 3,58)
Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, fecha em alta de 0,84%, a 54.271 pontos; indicador foi impulsionado pelo forte avanço de 5,26% das ações da OGX, petroleira de Eike Batista, para R$ 0,40
"Hoje os estrangeiros venderam bastante dólar, o que influenciou na queda da cotação da moeda. As intervenções do Banco Central do Brasil no mercado também ajudam nesse movimento. Elas têm sido eficientes para conter a escalada do dólar, mas não devem evitar que a moeda americana volte a subir caso o Federal Reserve [banco central dos Estados Unidos] corte bastante o estímulo naquele país já nesta semana", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM
"O dólar hoje ainda operou sobre efeito da notícia que foi divulgada ontem sobre a desistência de Lawrence Summers da disputa pelo comando do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). Summers era o favorito do presidente americano, Barack Obama, e era visto como o candidato que tinha o maior desejo de retirar o programa de estímulo naquele país", diz Guilherme Prado, especialista em câmbio da Fitta DTVM
"Outro motivo que impulsionou o bom desempenho das ações de construtoras hoje é que esses papéis caíram fortemente desde o início do ano e, portanto, estavam muito baratos. Como a perspectiva é positiva no médio prazo, os investidores enxergaram uma oportunidade para comprar essas ações", diz Wesley Bernabé, analista do BB Investimentos
"As ações do setor de construção têm subido desde meados do mês passado, quando apresentaram seus resultados do segundo trimestre. Os números não vieram excepcionais, mas alimentaram boas perspectivas para o médio prazo. Houve retomada da geração de caixa e dos lançamentos. Isso deve continuar para os balanços do terceiro trimestre", diz Wesley Bernabé, analista do BB Investimentos
"Um possível corte nos estímulos nos EUA deve pressionar a cotação do dólar para cima. O mercado, no entanto, parece não estar tão preocupado com isso, visto que a moeda americana caiu hoje. Isso porque o Banco Central do Brasil já garantiu que vai continuar com seu programa de intervenções diárias no câmbio até dezembro, ou seja, não haverá falta de dólares", diz Marcos Trabbold, operador da B&T Corretora de Câmbio