O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira (10) o julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal.
O caso, que tramita desde 2011, terá efeito direto em outros 248 que aguardam posição do tribunal e consolidará um novo entendimento jurídico sobre esse tema no país.
Atualmente, adquirir, guardar ou portar drogas para si é considerado crime. O que estará em discussão é se essa lei é inconstitucional.
O ministro disse que "o usuário em situação de dependência deve ser encarado como doente".
Para Fachin, criminalizar porte de drogas é opção político-criminal.
"Não compete apenas observar reserva de lei , mas também demonstrar que pela incriminação outro direito fundamental será protegido", cita Fachin.
Fachin citou Greco em seu voto: "A esfera privada é aquilo que resta depois que se subtrai as afetações a terceiros, daí seu caráter residual".
Durante período em que pediu vista sobre o processo, ministro afirma que procurou autoridades para tratar do tema, desde integrantes do Executivo e do Legislativo, incluindo o médico Drauzio Varella e o jurista Luis Greco.
Ele também ressalta que a atual legislação não elenca tipos de drogas.
Fachin explica que legislador fez opção clara por criminalizar o porte de drogas.
O ministro lembra que o consumo de drogas pode levar à morte do usuário.
Para ele, a dependência é o calabouço da liberdade, mantida em cárcere privado pelo traficante.
Fachin afirmou que só vai tratar do uso de maconha, não avançando a discussão sobre outras drogas.