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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
| Mike Segar/Reuters | |
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| Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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Obama fará pronunciamento
O presidente americano Barack Obama falará à nação às 15h15 (horário de Brasília), informou a Casa Branca.
Por que Hillary afundou?
O misto de desconfiança e ressentimento da população branca de áreas menos urbanas com o desalento da população negra que em grande parte achava que seu voto não mudará o sistema (então, para que votar?) se perpetuou pelo país.
O discurso de Donald Trump, tabulado em palavras simples encadeadas em frases curtas para grande efeito para TV e redes sociais, captou essas duas frustrações vindas das áreas que se sentem alienadas pela elite intelectual do país, ambas calcadas na sensação de perda de voz.
Leia análise da editora de "Mundo", Luciana Coelho, sobre a eleição de Donald Trump.
Secretário-geral da ONU repercute eleição de Trump
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esperar que a administração Donald Trump "fortaleça os laços de cooperação internacional".
Frederick Florin/AFP 
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acena durante votação no Parlamento Europeu, em outubro Donald Trump enfatizou a união em seu discurso de vitória, mais cedo nesta quarta-feira (9):
"Trabalhando juntos, iniciaremos a urgente tarefa de reconstruir nossa nação e renovar o sonho americano... Vai ser uma coisa linda".
Leia a íntegra da fala do republicano.
Em junho, Serra disse que Trump não venceria eleição
O chanceler brasileiro, José Serra, disse em junho, durante entrevista no programa "Roda Viva", que Donald Trump não poderia ser eleito presidente dos EUA.
Ao ser questionado pela repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello sobre o significado para o Brasil de uma eventual vitória de Trump, Serra respondeu: "Donald Trump? Não acho que vai acontecer".
O chanceler responde à pergunta a partir do minuto 56.
O cineasta americano Michael Moore, conhecido por seus filmes polêmicos e pelo apoio a políticos de esquerda, previu em julho que Donald Trump seria eleito presidente, apesar da desvantagem do republicano nas pesquisas de intenção de voto.
"Esse palhaço desprezível, ignorante e perigoso, esse sociopata será o próximo presidente dos Estados Unidos. Presidente Donald Trump. (...) Nunca na minha vida quis estar tão errado como agora" afirmou Moore em artigo publicado em 23 de julho no jornal americano "Huffington Post".
Andy Kropa-16.mai.2016/AP 
O cineasta Michael Moore, diretor de "Michael Moore in TrumpLand" Cuba anuncia exercícios militares
O regime cubano anunciou nesta quarta (9) que dará início a uma semana de exercícios militares em preparação para "ações inimigas".
O anúncio ocorre no dia em que o republicano Donald Trump foi eleito presidente dos EUA. Trump prometeu durante a campanha que acabaria com a reaproximação iniciada pelo presidente Barack Obama com a ilha comunista.
Os exercícios, porém, já estavam previstos para acontecer nesta semana, informou o regime cubano, que não relacionou a ação ao resultado da eleição americana.
Incerta, política externa de Trump gera ansiedade no Oriente Médio
Governos regionais tentam decifrar a ainda inconsistente política externa do republicano e descobrir como beneficiar-se dela, relata o correspondente Diogo Bercito.
Derrotada, Hillary falará em Nova York às 13h30
A campanha da democrata Hillary Clinton, derrotada na eleição, alterou o horário do pronunciamento que a candidata faria em Nova York para as 13h30 (horário de Brasília).
Mais cedo, a campanha havia informado que Hillary falaria às 12h30 (de Brasília).
Seth Wenig-8.nov.2016/Associated Press 
Hillary Clinton e seu marido, Bill, depois de votar em Chappaqua Os eleitores de Trump não são estúpidos, nós é que somos surdos
Hoje, na ressaca da eleição do republicano Donald Trump, a pergunta é : "Como podem milhões de institutos de pesquisa, jornalistas, analistas, políticos, acadêmicos, ser tão estúpidos?"
O fato é que o problema foi surdez. Surdez generalizada aos recados dos brancos dos dois lados do Atlântico, que se sentem injustiçados, que veem suas vidas piorando, sempre culpando o "outro". Seja o muçulmano, o imigrante, o hispânico ou o negro.
A maioria silenciosa falou, e o recado foi brutal. Estúpidos somos nós, que não percebemos o que estava vindo (e eu me incluo nesta mea culpa post mortem). E achamos que a globalização era boa para a maioria, portanto quem estava descontente ia se conformar.
