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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
Mike Segar/Reuters | |
Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos fez, nesta terça-feira, um apelo de última hora para que seus eleitores persistam, afirmando que as eleições estão "longe do fim", a poucas horas do fechamento das seções eleitorais na costa leste.
Trump quer conquistar votos de última hora em alguns estados-chave, como a Flórida. Sem o chamado "Sunshine State", suas chances de chegar à Casa Branca são mínimas, na melhor das hipóteses.
"Não esmoreçam, continuem saindo para votar - estas eleições estão LONGE DO FIM! Estamos nos saindo bem, mas ainda resta muito tempo. VAMOS, FLÓRIDA!", postou Trump em sua conta no Twitter.
Diversos famosos foram às urnas, nesta terça-feira (8), para escolher quem será o próximo candidato aos EUA. Depois de marcarem no papel se preferem Hillary Clinton ou Donald Trump, eles registraram no Instagram os momentos em que participaram da chamada "festa da democracia".
Taylor Swift, por exemplo, mostrou que é gente como a gente. Depois de badalar a noite toda na festa de aniversário da cantora Lorde, uma de suas melhores amigas, ela compartilhou uma foto na fila na hora de votar.
Outros famosos, como as atrizes Olivia Wilde ("House") e Anne Hathaway ("Os Miseráveis"), colocaram imagens vestindo o adesivo dado a quem já votou.
Os índices acionários dos Estados Unidos subiram pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, com os investidores apostando que a candidata democrata Hillary Clinton venceria a eleição presidencial norte-americana, informa a Reuters.
Após ter iniciado a sessão com leves perdas, o índice Dow Jones encerrou em alta de 0,4%, a 18.332 pontos, e o S&P 500 subiu 0,38%, para 2.139 pontos. O Nasdaq Composite teve alta de 0,53%, para 5.193 pontos.
Wall Street vê a ex-secretária de Estado como uma candidata mais previsível, dando estabilidade ao mercado, enquanto a postura do candidato republicano, Donald Trump, sobre política externa, comércio e imigração são menos assertivas.
A empresa de dados VoteCastr, que está fornecendo informações via canais de notícias, mostrava que Hillary tinha uma vantagem inicial na Flórida, um estado crucial para Trump.
Os mercados financeiros globais iniciaram a terça-feira (8) com as Bolsas em baixa, em clima de cautela no dia da eleição presidencial americana. Ao longo da sessão, porém, com projeções mostrando Hillary Clinton à frente de Donald Trump, os investidores voltaram a apostar suas fichas na vitória da democrata, informa Eulina Oliveira, de São Paulo.
Os índices acionários terminaram o pregão em alta, e o dólar perdeu força frente às principais moedas, refletindo a menor percepção de risco. No Brasil, o dólar comercial fechou em baixa de 1,21%, a R$ 3,1670.
O mercado de juros futuros acompanhou o movimento da moeda americana, e as taxas recuaram.
Segundo analistas, uma eventual vitória de Trump traria incertezas. O republicano é considerado radical e protecionista.
Uma fila incomum se formava num cemitério em Rochester, no Estado de Nova York, para que eleitores deixassem seu adesivo de "Eu Votei" no túmulo da sufragista Susan B. Anthony, que lutou pelo direito do voto das mulheres no final do século 19. A internet, no entanto, foi rápida em lembrar que ela era contra o voto do negros.
Os problemas econômicos que aguardam o novo presidente dos EUA,diz o comentarista chefe de Economia no jornal britânico 'Financial Times', Martin Wolf.
"Em terra de cego, quem tem olho é rei. A economia dos Estados Unidos mostra falhas significativas. Mas continua a ser rainha, se comparada às suas pares."
"Recuperou-se da Grande Recessão (2008), com desemprego baixo e alta na renda real. Também desfruta de supremacia duradoura quanto às novas tecnologias."
"Mesmo assim, o próximo governo assumirá um país com crescimento medíocre de produtividade, alta desigualdade, recusa crescente de participar do mercado de trabalho e queda no ritmo de criação de novos negócios e novos empregos. Pelo menos a posição fiscal norte-americana não representa uma ameaça verdadeiramente urgente. Isso é um ponto positivo, porque é pouco provável que alguma coisa seja feita quanto a ela."
Uma juíza de Nevada rejeitou um pedido da campanha do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, para que uma ordem imediata fosse emitida em um processo movido pela campanha sobre a votação em uma seção eleitoral em Las Vegas que se manteve aberta na semana passada, informa a agência de notícias Reuters.
A juíza Gloria Sturman, do tribunal do condado de Clark, disse que a ordem pedida pela campanha de Trump poderia potencialmente tornar pública as identidades dos funcionários que trabalham na seção eleitoral, o que poderia colocá-los sob risco. A maioria dos eleitores estão votando ao redor dos EUA nesta terça-feira nas eleições gerais, mas Nevada, assim como outros Estados, permite a votação antecipada.
Trump processou o secretário de eleitores no Condado de Clark por um local de votação em Las Vegas que foi autorizado a continuar aberto na semana passada para acomodar pessoas que estavam em fila para votar.
O processo, registrado em tribunal estadual de Nevada na segunda-feira, alegava que o secretário violou a lei estadual e pedia que cédulas deste local de votação fossem separadas das demais, para que ficassem pendentes do resultado de quaisquer ações legais futuras que questionem o resultado eleitoral no Estado.
Em Los Angeles, na hora do almoço, havia pouca fila para quem votava no Museu Herança de Hollywood, um lugar histórico da cidade que guarda fotos de arquivo da era do cinema mudo. A artista Angela Lou-Dawn foi votar com a filha de 21 anos. "O clima político destas eleições foi muito estressante, não conheço ninguém que esteja muito animado com algum candidato." Angela e a filha não quiserem dizer em quem votaram.
Fernanda Ezabella/Folhapress Eleitores votam no Museu Herança de Hollywood, em Los Angeles Os norte-americanos que votam para eleger o próximo presidente dos Estados Unidos parecem estar preocupados com os rumos do país e buscam um "líder forte que possa tomar o país de volta dos ricos e poderosos", de acordo com uma leitura preliminar de pesquisa Reuters/Ipsos realizada no dia da eleição, informa a agência de notícias Reuters.
A pesquisa, com mais de 10 mil pessoas que já votaram, mostrou que a maioria dos eleitores está preocupada com sua capacidade de seguir adiante e ter um mínimo de confiança nos partidos políticos ou na mídia para melhorar a situação que vive. A maioria também sente que a economia é manipulada para favorecer os mais ricos.
A pesquisa será atualizada conforme novas respostas são tabuladas e os votos são apurados ao longo desta terça.
A apuração final sobre o apoio da mídia americana indica uma vitória avassaladora de Hillary Clinton.
Segundo levantamento da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, a democrata foi endossada por 57 dos 100 maiores jornais do país. No total, o apoio a ela atingiu 13 milhões de exemplares de jornais.
O republicano Donald Trump recebeu o apoio de apenas dois periódicos entre os de maior circulação: o "Las Vegas Review-Journal" e "The Florida Times-Union". No total, o apoio a ele atingiu 315 mil exemplares.
O apoio a Trump foi menor do que o dado ao libertário Gary Johnson, apoiado por 4 jornais.
Três publicações apoiaram o voto contra Trump (sem indicar candidato), cinco se colocaram contra todos os candidatos e 26 jornais não apoiaram ninguém.
O amplo apoio da mídia a Hillary já havia sido percebido semanas antes da eleição. Segundo pesquisadores ouvidos pela Folha, o posicionamento dos jornalistas nesta eleição não tem precedentes.