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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
Mike Segar/Reuters | |
Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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Um centro de votação na Califórnia foi fechado nesta terça-feira (8), depois de um tiroteio nos arredores, que deixou ao menos três feridos, informaram autoridades e a imprensa local. Segundo a agência de notícias France Presse (AFP), uma pessoa morreu.
Os disparos foram registrados no início da tarde na cidade de Azusa, ao leste de Los Angeles, afirmou a porta-voz dos Bombeiros, Vanessa Lozano à AFP.
Segundo ela, os quatro feridos foram levados para um hospital próximo, mas um deles não resistiu aos ferimentos e chegou sem vida.
Segundo a Reuters, não há informações sobre a motivação do incidente, ou se ele tem relação direta com a eleição.
A mídia norte-americana começa a cravar resultados. Segundo as projeções, o republicano Donald Trump já tem garantidos 19 votos no colégio eleitoral (referentes aos Estados de Indiana e Kentucky). A democrata Hillary Clinton venceu em Vermont (e já garantiu 3 votos no colégio eleitoral).
Nigel Farage, ex-líder do Ukip, o Partido da Independência do Reino Unido, e um dos principais entusiastas da saída britânica da União Europeia, disse à rede Fox News que Donald Trump representa o mesmo que o "brexit".
Apoio a Trump cresce onde se quer o 'sonho americano' de volta, relata a correspondente Anna Virginia Balloussier, de Nova York.
Há uma forma de detectar lugares mais propícios a apoiar o republicano Donald Trump: cheque o necrotério.
A simpatia pelo presidenciável tende a crescer em regiões onde homens e mulheres brancos, de meia-idade e com níveis de educação mais baixos adoecem e morrem mais -caso do Kentucky, 90% branco, onde, em abril, só restavam 6.900 trabalhadores em minas de carvão, "o nível mais baixo desde 1898", segundo relatório estadual.
A estatística mórbida vem de num estudo publicado em 2015 por Angus Deaton, vencedor do Nobel de Economia, e sua mulher, a também economista Anne Case.
Segundo levantamento do casal, entre 1978 e 1998, a taxa de mortalidade para americanos brancos entre 45 e 54 anos caiu em média 2% por ano -dado compatível com o de outros seis países industrializados analisados (Canadá, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Austrália).
A partir de 1998, algo mudou. A tendência se manteve nas outras nações, mas os EUA já não eram os mesmos: ali, a mortalidade entre brancos passou a crescer 0,5% ao ano. "Nenhum outro país rico viu reviravolta similar."
Diretora da campanha de Donald Trump, Kellyanne Conway, disse à rede MSNBC que o candidato republicano foi prejudicado por não ter o apoio de todo o partido.
Ela lamentou não ter o voto de ex-presidentes republicanos e candidatos do passado. Tanto George W. Bush, o último presidente republicano, e Mitt Romney, último candidato do partido à Casa Branca, se recusaram a apoiar Trump.
Por causa de problemas com o sistema eletrônico de identificação dos eleitores em Durham, na Carolina do Norte, os responsáveis pelas eleições no condado pediram que a votação fosse estendida por mais uma hora e meia, até as 21h (meia-noite no Brasil), relata a enviada Isabel Fleck.
O condado de Durham foi onde Barack Obama, que perdeu no Estado em 2012, conseguiu sua mais alta vantagem no Estado: 76% dos eleitores votaram nele.
"Parece que parte dos dados de eleições passadas não foram limpos [do sistema], e algumas pessoas estavam sendo impropriamente listadas como se já tivessem votado", disse Bill Brian, presidente do comitê eleitoral local. "Parece que eles não tinham o software certo. Por que isso aconteceu não sabemos ainda."
O problema causou lentidão, e em alguns locais, o sistema foi substituído pela verificação manual. Muitas pessoas acabaram desistindo de votar diante da espera.
Que tal 10 minutos de yoga ou meditação, água de pepino e tocadores de cítara para aliviar a tensão antes da votação? Os residentes do bairro de Brentwood, em Los Angeles, podem votar no hotel Luxe Sunset Boulevard, que oferece atividades e comidinhas, além de estacionamento gratuito com manobrista, conta Fernanda Ezabella.
Igrejas também são centros de votação na cidade, assim como bibliotecas e museus. Um grande centro da cientologia, religião polêmica que acredita em alienígenas e tem entre seus membros Tom Cruise, é um dos locais, no bairro de Hollywood, possibilitando aos não iniciados entrar no misterioso e gigantesco prédio azul. Fotografias são proibidas, mas o site LAist.com tirou algumas do lado de fora.
No Estado de Indiana, governado pelo candidato a vice-presidente de Trump, o republicano aparece na frente de Hillary nos primeiros resultados.
Com 1% dos votos apurados, o empresário tem 72% dos votos no Estado, contra 24% da democrata. Vencendo em Indiana, Trump ganha 11 delegados no Colégio Eleitoral.
A votação nos EUA é indireta; entenda aqui como funciona o sistema.
Cerca de 15% dos eleitores que foram às urnas nesta terça-feira (8) nos EUA votaram pela primeira vez em eleições presidenciais, de acordo com uma pesquisas da Reuters e do instituto Ipsos.
O percentual é bem maior do que os 8% que votaram pela primeira vez em 2012.
A pesquisa ouviu quase 35 mil pessoas e mostrou que 13% dos eleitores esperaram até a última semana da campanha para escolher seu candidato à Presidência.
Um bolo criado para uma eventual vitória de Donald Trump já é alvo de piadas nas redes sociais.
Tuíte de um eleitor exausto com o pleito