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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
Mike Segar/Reuters | |
Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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O Palácio do Planalto tem uma preferência pela vitória da democrata Hillary Clinton na eleição dos Estados Unidos, mas tem a avaliação de que, seja quem for o vencedor, há um risco de piora das negociações comerciais de interesse do Brasil com os norte-americanos, informa Valdo Cruz, de Brasília.
Segundos assessores presidenciais, tanto Hillary quanto Donald Trump tendem a adotar um governo de maior proteção ao comércio americano. Trump seria pior para a indústria e agricultura do Brasil, mas a democrata teve de dar uma guinada mais protecionista para se contrapor ao republicano.
A avaliação do Planalto é que este viés mais protecionista é uma onda mundial e que o Brasil terá de enfrentá-la.
Por outro lado, a equipe de Temer prefere a vitória da democrata porque Trump é muito imprevisível e tende a ter um governo recheado de medidas polêmicas, até na área econômica, o que vai gerar instabilidade e turbulência na economia, um cenário muito ruim para o Brasil num momento de tentativa de recuperação da economia brasileira.
Delegados? Colégio Eleitoral? Entenda como funciona a eleição nos EUA:
Em Raleigh, na Carolina do Norte, cerca de cem voluntários democratas continuavam telefonando e batendo de porta em porta nesta terça, conta Isabel Fleck. O esforço final tem sido especialmente para convencer os jovens e os negros, que são a principal esperança de Hillary no Estado-chave. "Estamos ligando para quem ainda não foi votar. Só vamos parar quando fecharem as urnas", diz Julia Lee, uma das diretoras da campanha na Carolina do Norte.
Isabel Fleck/Folhapress Escritório democrata em Raleigh, na Carolina do Norte, nesta terça-feira "Não esqueça de votar", dizem letreiros dos ônibus da Filadélfia (Pensilvânia), que entraram na campanha para estimular o comparecimento às urnas. Diferentemente do Brasil, o voto nos Estados Unidos não é obrigatório.
Marcelo Ninio/Folhapress Reportagens, análises, perfis de Hillary Clinton e Donald Trump, as propostas de cada um e os episódios marcantes da corrida eleitoral mais agressiva da história recente dos Estados Unidos. Leia no especial "América partida", publicado pela Folha no último domingo (6).
Vários inspetores republicanos foram negados ou expulsos de locais de votação da Filadélfia, disse o presidente do comitê municipal do partido, Joe DeFelice.
"É supressão do voto e intimidação", afirmou, culpando democratas pelos supostos episódios. "É tudo o que eles alegaram que nós faríamos."
Em ao menos um dos casos, segundo DeFelice, um dos mesários foi flagrado entrando na cabine eleitoral e ajudando um eleitor a votar, o que é vetado pela lei eleitoral, relata Anna Virginia Balloussier, de Nova York.
O presidente local do partido disse ainda que foi procurado pelo Departamento de Justiça e apresentou uma reclamação formal à promotoria local –que confirmou estar a par de três incidentes relacionados a inspetores republicanos barrados nas estações eleitorais da Filadélfia (cerca de 1.600 no total).
Mais cedo, o candidato republicano Donald Trump já havia dito que vai processar o condado de Clark, em Nevada, por deixar as urnas abertas duas horas além do tempo previsto.
Eric Trump, um dos cinco filhos do presidenciável republicano, infringiu regras eleitorais de Nova York e tuitou uma foto de sua cédula eleitoral.
"É uma honra incrível poder votar no meu pai!", escreveu na legenda.
Ele poder votar, por si só, já é notícia: em abril, Eric e a irmã Ivanka não puderem marcar o nome do pai nas prévias partidárias —ainda não eram registrados como republicanos e haviam perdido o prazo para tanto.
Eric já apagou a imagem. Em alguns Estados, como Vermont e Connecticut, a "selfie eleitoral" é liberada. Já em Nova York fotografar seu voto pode render uma multa de US$ 1.000 e um ano de prisão.
Reprodução Imagem do tuíte de Eric Trump, depois apagado por ele, que trazia uma foto da cédula eleitoral, o que é proibido em Nova York Os eleitores da Carolina do Norte, um Estado-pêndulo importante, onde as pesquisas mostravam empate entre Hillary e Trump na véspera da eleição, formaram filas em alguns locais de votação na capital, Raleigh, pela manhã.
Numa sessão na região sul da cidade, 200 pessoas tinham registrado seu voto na primeira hora de votação. No início da tarde, contudo, o movimento já era bem menor, conta a enviada Isabel Fleck.
Em Durham, cidade próxima a Raleigh, houve problemas com a identificação eletrônica em pelo menos cinco regiões. O processo teve que ser feito manualmente e gerou mais lentidão e filas.
Sara D. Davis/AFP Em meio ao frio, eleitores chegam para votar de manhã em Durham, na Carolina do Norte Donald Trump dá uma "olhadinha" na cédula de votação de sua mulher, Melania, em Nova York
Evan Vucci/AP Trump olha cédula da mulher Melania em Nova York Bem que Katy Perry avisou. Pode ir votar de qualquer jeito, menos de top less. A cantora fez um vídeo para o site de comédia Funny or Die para chamar atenção da importância do voto, como parte de uma campanha de conscientização que contou com outras estrelas de Hollywood, como Ben Affleck, Will Ferrell e Lena Dunham. "Você pode cair da cama e ir votar, sem se preocupar com sua aparência. Pode ir de pijamas se quiser", disse a cantora.