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Donald Trump é eleito presidente dos EUA; siga repercussão
Donald Trump, 70, foi eleito nesta quarta (9) o 45º presidente dos Estados Unidos, após derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. O resultado contrariou a maioria das pesquisas, que, até a linha de chegada, o pintavam como uma zebra.
O empresário republicano será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política, o mais velho já eleito e também o mais rico.
Veja as últimas notícias sobre a repercussão da eleição de Trump.
Mike Segar/Reuters | |
Donald Trump discursa em Nova York após ser eleito presidente dos EUA |
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Dá para acompanhar o Votecastr ao vivo, pela "Slate" e pela "Vice", informa Nelson de Sá, da coluna Mídia Americana.
Por outro lado, Nate Cohn, do "New York Times", avisa que não dá para confiar: "não vomite por causa das projeções ao vivo Slate/Votecastr"
O republicano Donald Trump vai processar o condado de Clark, em Nevada, por deixar as urnas abertas duas horas além do tempo previsto, relata Patrícia Campos Mello, enviada especial à Flórida. Durante a votação antecipada, o condado manteve locais de votações abertos para dar conta das filas que se formavam. Trump quer invalidar esses votos. Como a maioria dos eleitores eram hispânicos, os sufrágios seriam majoritariamente para a democrata Hillary Clinton.
Quem pensa que vai encontrar mais Donald Trump no site cujo endereço leva um dos slogans de sua campanha - www.MakeAmericaGreatAgain.com - leva um susto com o conteúdo, conta Fernanda Ezabella, de Los Angeles.
"Não acho que a América deveria escolher um presidente em 2016. Precisamos ficar solteiros por alguns anos e encontrar a nós mesmos", diz a primeira mensagem do site, que foi comprado no eBay recentemente por uma ativista ambiental de Los Angeles.
O site pede doações para a criação de uma fazenda urbana no bairro de Silver Lake e traz imagens de ovelhas, elefantes e do filme "Avatar".
Rosa Max, 44, disse ao jornal "Los Angeles Times" que tem recebido muitos e-mails e telefonemas de eleitores de Trump, um tanto confusos. "Eu pergunto a eles: 'Mas vocês viram meu projeto de fazenda urbana? Que tal apoiar esta iniciativa?' E eles sempre desligam", disse.
Max detém os direitos do site.com e.org. Segundo ela, os sites receberam 2,5 milhões de visitas nos últimos três meses e está aberta a vendê-los para investir no seu projeto.
Hillary é robótica, ambiciosa e será candidata para sempre, mas sempre foi tratada de forma diferente por ser mulher —é o que se conclui do retrato da candidata feito pelos maiores programas de TV humorísticos americanos, comenta o repórter especial Raul Juste Lores. Os comediantes capturam muito da imagem pública da democrata.
"Deixe Hillary ser Hillary" - a comediante Samantha Bee destaca o machismo contra a candidata desde os anos 70:
Vídeo do programa de Samantha Bee
Hillary se queixa da obsessão da mídia com seus e-mails, enquanto Trump tem simpatias de Putin, KKK e FBI:
Hillary sonha uma Casa Branca de presente de Natal e tem pesadelos com Sarah Palin e com sua candidatura derrotada em 2008 (do programa Saturday Night Live):
HIllary se prepara na véspera do lançamento de sua campanha - Saturday Night Live:
Duas mulheres fizeram topless na escola pública onde Donald Trump foi votar, em Nova York.
A dupla protestava contra o republicano e traziam inscrições no torso nu como "Trump, agarre suas bolas" —em outubro, veio à tona vídeo em que o candidato se gabava de "pegar [mulheres] pela xoxota" se desse na telha, já que era "uma estrela" e poderia se safar facilmente.
Elas chegaram por volta das 8h15 (horário local) no colégio nova-iorquino, horas antes de Trump aparecer. Foram identificadas como Tiffany Robson, 28, e Neda Topaloski, 30, e retiradas do local por agentes da polícia e do serviço secreto.
A manifestação não durou mais do que 30 segundos.
Darren Ornitz/Reuters Manifestante que fazia topless na escola onde Trump iria votar em Nova York é retirada por policial Um "líder forte" —é o que querem 36% dos eleitores, o dobro do bloco que procurava a mesma qualidade num presidente em 2012, segundo pesquisa do site "Politico" com a Morning Consult com pessoas que votaram pela manhã, diz Anna Virginia Balloussier, de Nova York.
Ter uma "visão para o futuro" (29%), "alguém que compartilhe dos meus valores" (16%) e "ligar para pessoas como eu" (16%) são outras características desejáveis.
Quais Estados têm menos probabilidades de votar em Trump? E em Hillary?
Ela tem 99,9% de chances de vencer na Califórnia, um dos polos mais democratas do país. Já em Oklahoma, o jogo vira: a perspectiva de vitória para o republicano é de 99,9%.
Essa "América partida" está no mapa eleitoral projetado pelo site "FiveThirtyEight", do estatístico Nate Silver, que virou um guru eleitoral ao acertar quem venceria em todos os 50 Estados, em 2012, e em 49 deles quatro antes.
No fim do dia, Hillary tem 71,4% de chances de ser a próxima presidente dos EUA, prevê Silver.
Mas ele já deu uma bola fora antes: em 2015, disse que Trump jamais seria escolhido como presidenciável porque "ele não é um republicano de verdade". Deu no que deu: o empresário teve 13,3 milhões de votos nas prévias partidárias, superando o recorde anterior, de George W. Bush em 2000.
As primeiras projeções do Votecastr, mecanismo de projeção de votos em tempo real, já saíram. Hillary aparece à frente de Trump em dois Estados-chave para a votação no Colégio Eleitoral: Flórida e Colorado.
Leia a reportagem da enviada especial à Flórida Patrícia Campos Mello.
As urnas abriram no Havaí e em parte do Alasca, onde, no horário local, passa agora um pouco das 7h.
Com isso, a votação acontece agora em todos os 50 Estados dos EUA.
O paranaense André Faust dirigiu um minidocumentário sobre latinos que fazem piñatas de Trump.
Populares no México, de onde vêm a maioria dos imigrantes ilegais que o republicano promete deportar à força, esses bonecos são alvo de pauladas das crianças, em busca dos doces que os recheiam.
Madonna anunciou que comprou um para seu filho, e o comediante Seth Meyers emendou a piada: "Uma piñata Trump é como uma piñata qualquer, exceto que não há nada dentro".
O vídeo de Faust foi gravado na zona leste de Los Angeles, tradicional reduto latino. A protagonista é Yesenia Prieto, 26, filha de mexicanos e nascida na cidade californiana.
"Na esteira de toda discussão trazida pela campanha do Trump, achei que era um bom momento pra falar sobre imigração e integração. Pra mim essas meninas representam uma mistura das duas culturas que deu certo", afirmou o diretor à correspondente Anna Virginia Balloussier.
"A Yesenia cresceu numa comunidade latina, mas estudou numa 'business school'. Juntou tradição mexicana (piñata) com capitalismo americano (innovation, disrupt) de um jeito inusitado, e aos poucos está ajudando a mudar uma indústria que permaneceu igual por tantas décadas."