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Senado realiza nesta terça sessão de pronúncia de Dilma; acompanhe
Após quase 17h de sessão, o Senado decidiu na madrugada desta quarta (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. Os trabalhos começaram às 9h44 da terça (9) e foram comandados pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Chamada de "juízo de pronúncia", essa foi a penúltima etapa do processo de impeachment contra Dilma.
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Após encontro com Temer, Renan não diz se irá se abster em impeachment
Em meio à sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com o presidente interino, Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto. Após a cerimônia, perguntado se pretende votar ou se abster na sessão parlamentar, o peemedebista evitou responder.
"Na politica, nunca é recomendável predizer o que vai acontecer, deixe que os fatos levem a uma decisão", disse.
O senador tem dito nos bastidores que irá se abster na votação desta terça-feira (9), mas tem sido pressionado pelo Planalto a participar da votação em uma tentativa de demonstração de força do governo interino.
Anastasia agora fala sobre o Plano Safra.
Para o evento do Palácio do Planalto, o presidente interino, Michel Temer, fez questão de convidar dois ex-aliados de Dilma Rousseff: os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Antônio Carlos Valadares (PSB-CE). Em discurso, o peemedebista fez questão de elogiar ambos, que até pouco tempo estavam indecisos sobre o impeachment, e dizer que eles foram responsáveis pela elaboração de decreto que atualiza o programa de revitalização do São Francisco.
Entre os senadores que deixaram o plenário está o presidente da Comissão do impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB). Romero Jucá, que vem advogando que Renan vote na sessão de hoje, vai almoçar com o presidente do Senado. Terá tempo para convencer o aliado.
Enquanto Anastasia lê o resumo de seu relatório, vários senadores deixaram o plenário. Muitos outros conversam entre si. São poucos os que estão atentos ao que diz Anastasia, caso do advogado José Eduardo Cardozo, atento às palavras do senador.
Sobre o possível voto de Renan Calheiros, Jucá disse que quem não votar hoje estará ajudando a presidente afastada. Ele disse que não conversou com o colega sobre isso. "Ele é maior de idade, até mais velho do que eu". Questionado sobre o argumento já apresentado por Renan de que não votaria em nenhuma fase para manter a institucionalidade de seu cargo, Jucá disse: "para salvar o Brasil, não há impedimento. Ele não está aqui como presidente hoje".
Na defesa de seu relatório, Anastasia diz que as pedaladas representaram um "profundo desprezo" pelo Parlamento.
"O argumento de que existe um conluio nesta Casa para afastar a presidente atinge as raias do desrespeito", afirma Anastasia.
Anastasia diz que é preciso verificar se o retorno de Dilma Rousseff representaria um risco às contas públicas.
O relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) começa a falar na tribuna do plenário. Ele terá 30 minutos.