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Senado realiza nesta terça sessão de pronúncia de Dilma; acompanhe
Após quase 17h de sessão, o Senado decidiu na madrugada desta quarta (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. Os trabalhos começaram às 9h44 da terça (9) e foram comandados pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Chamada de "juízo de pronúncia", essa foi a penúltima etapa do processo de impeachment contra Dilma.
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Advogado de Dilma se prepara
Advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo deixou a sessão do Senado neste momento. Disse que vai para casa trabalhar nas alegações finais da defesa. Ele volta no fim do dia, quando fará sua última fala. Seus assistentes acompanharão o desenrolar da sessão até lá.
Lewandowski diz que sessão foi tranquila
Antes da sessão ser reiniciada, Ricardo Lewandowski afirmou que a primeira fase da sessão transcorreu com "muita tranquilidade". "Os dois lados conseguiram colocar suas ideias de forma civilizada e terminamos dentro do prazo previsto. Creio que não teremos surpresa na próxima fase", disse. Ele afirmou também que, se todos os líderes decidirem pela suspensão da sessão às 23h, ele acatará o acordo.
Contra o tempo
O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, afirmou ter entrado em acordo com a bancada tucana para reduzir o tempo de sessão. Assim, apenas o presidente da legenda, Aécio Neves, falaria para representar a legenda. "Espero que os outros partidos sigam o exemplo do PSDB para que possamos concluir a votação ainda hoje."
Sessão é reaberta
Lewandowski reabre a sessão. O ministro voltou ao plenário no horário marcado, mas apenas um senador estava no local. O primeiro a discursar é José Medeiros (PSD), que terá o prazo de dez minutos para falar. "A presidente Dilma fez do Brasil um território sem lei, do ponto de vista fiscal e orçamentário", afirma.
Renan Calheiros espera redução no tempo individual para discursar
A expectativa do presidente do Senado, Renan Calheiros, é que os senadores, que individualmente terão a partir das 14h dez minutos para discursar –são mais de 50 inscritos até o momento– reduzam esse tempo. Na votação da admissibilidade do processo, Renan tentou acordo semelhante, mas os senadores se negaram a ter reduzido seu tempo de fala.
Já os senadores que trabalham para suspender a sessão às 23h acreditam que os trabalhos devem ser interrompidos nesse horário e retomados na quarta, às 9h, exatamente onde pararam.
Gleisi critica rejeição a questões de ordem e afirma que Lewandowski impõe 'respeito'
Com a sessão suspensa, Gleisi Hoffman critica a rejeição das questões de ordem feitas por aliados de Dilma. "O rito está sendo cumprido, mas é um rito à procura de conteúdo. A presidente Dilma não tem crime para ser julgada", diz.
Ela afirma ainda que a presença do presidente do Supremo à frente da sessão impõe mais "respeito". Diz que senadores que gritavam e acusavam os petistas de fazer chicana estão ouvindo mais.
"Terminada a etapa do Senado, acreditamos que temos material suficiente para recorrer", diz Gleisi. Ela repete que não há materialidade para o impeachment.
Advogado de Dilma, o ex-ministro da justiça José Eduardo Cardozo disse que não houve surpresa na rejeição das questões de ordem formuladas por aliados da presidente afastada. "Tudo dentro do previsto".
Ele confirma o acordo para encerrar a sessão às 23h, mas faz graça. "Não sei se vai dar, se os senadores vão abrir mão de falar".
Senadores planejam pausa durante a madrugada
Por iniciativa de Aécio neves, há um acordo em andamento para encerrar a sessão às 23h desta terça e retomar os trabalhos na quarta pela manhã. Segundo o líder petista Humberto Costa, os apoiadores de Dilma Rousseff concordam com isso, bem como o ministro Ricardo Lewandowski, que preside a sessão. Não houve até o momento, uma manifestação formal do presidente do supremo, a quem cabe decidir as suspensões dos trabalhos.
Sessão é suspensa; senadores retornam à tarde
O senador Antonio Anastasia concluiu a defesa de seu relatório. A sessão foi suspensa e retornará às 14h. Na volta, será aberta a palavra a todos os senadores. A previsão é de que cada um tenha 10 minutos de fala.
"Como explicar a investidores nacionais e internacionais que dívidas superiores a 1% do PIB foram ocultadas?", questiona Anastasia.
"As pedaladas foram reiteradas em 2015 e somente foram amortizadas em dezembro daquele ano", diz Anastasia.