AO VIVO
Senado realiza nesta terça sessão de pronúncia de Dilma; acompanhe
Após quase 17h de sessão, o Senado decidiu na madrugada desta quarta (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. Os trabalhos começaram às 9h44 da terça (9) e foram comandados pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Chamada de "juízo de pronúncia", essa foi a penúltima etapa do processo de impeachment contra Dilma.
acompanhe
Miguel Reale Jr., um dos autores do pedido de impeachment de Dilma, disse que o "fato fundamental" que iniciou a denúncia foi o suposto envolvimento da presidente com o esquema de corrupção na Petrobras. Segundo ele, o então presidente da Câmara Eduardo Cunha excluiu intencionalmente o assunto da denúncia "porque ele mesmo tinha responsabilidade por propinas recebidas em 2014".
Reale Jr. disse que "não são fatos isolados" que afastam a presidente da República. "Ela não merece mais governar o Brasil, porque na forma em que ela governou, levou o Brasil ao desastre em que ele se encontra", disse. "Ela governou através da obscuridade e da mentira".
Sessão é reaberta
Agora, é a vez dos pronunciamentos de meia hora para defesa e acusação. Miguel Reale Jr. é o primeiro a se manifestar. Em seguida, José Eduardo Cardozo fará suas considerações.
Concluída a fala dos Senadores, o plenário discutiu se continua a sessão até a votação ou se pausa para votar na quarta-feira (10). Diante da falta de consenso, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski decidiu que haverá apenas um intervalo de 30 minutos. A sessão será retomada às 23h10.
Os discursos dos senadores estão chegando ao fim. O último parlamentar inscrito, Sérgio Petecão (PSD-AC), agora começa a sua fala.
Senadores discursam
Além de Aécio, já discursaram a favor do impeachment Magno Malta (PR-ES), Wilder Morais (PP-GO), Benedito de Lira (PP), Fernando Bezerra Coelho (PSB), Pedro Chaves (PSC), Lasier Martins (PDT), Álvaro Dias (PV), Valdir Raupp (PMDB), Fernando Collor (PTC), Gladson Cameli (PP), Wellington Fagundes (PR), Lucia Vânia (PSB), Cidinho Santos (PR), José Agripino (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Hélio José (PMDB), Simone Tebet (PMDB), Cristovam Buarque (PPS), Ana Amélia (PP) e José Reguffe (sem partido).
Lídice da Mata (PSB), Gleisi Hoffmann (PT), Jorge Viana (PT), Regina Sousa (PT), Humberto Costa (PT), Lindberg Farias (PT), Roberto Muniz (PP), José Pimentel (PT), Angela Portela (PT), Randolfe Rodrigues (Rede), Vanessa Grazziotin (PCdoB), Paulo Paim (PT), Fátima Bezerra (PT), João Capiberibe (PSB), Katia Abreu (PMDB) e Paulo Rocha (PT) falaram contra o processo.
Discursa agora o senador Waldemir Moka (PMDB-MS).
O senador Magno Malta (PR-ES) sobe ao plenário e pede para que a TV Senado transmita a imagem do presidente do STF, Ricardo Lewandowski. "É para mostrar a todas as agências do mundo todo estão aqui nos acompanhando: vivemos uma democracia".
Quando o senador pede para a câmera focar os senadores sentados na primeira fileira, estes começam a se retirar, tornando a sessão ainda mais vazia. "Queria muito que vossas senhorias me ouvissem, mas então, agora, vou falar para o povo brasileiro".
Finaliza pedindo silêncio em seu tempo resgante pelo "sepultamento do Estado brasileiro" realizado pelo governo Dilma,
O senador Wilder Morais (PP-GO) diz que "a presidente Dilma teve todas as oportunidades constitucionais para se defender e, mesmo assim, não foi capaz de fazê-lo". Ele diz que a crise econômica já começa a ser superada após o afastamento da presidente: "Em menos de três meses de gestão, os resultados pelas decisões acertadas do governo Temer começam a aparecer."
Wilder encerra sua fala citando trechos do Hino Nacional e afirma que a decisão da Casa dará "novas esperanças para os brasileiros".
Sessão esvaziada
Depois de 11 horas de sessão, 80 senadores registraram presença. Contudo, menos de 30 estão no plenário acompanhando os discursos. Com expectativa de, pelo menos, mais uma hora e meia de falas na tribuna, boa parte decidiu aguardar no cafezinho do Senado ou nos gabinetes.
Suplente do senador cassado Delcidio do Amaral, Pedro Chaves (PSC-MS) acabou de declarar voto a favor do impeachment de Dilma.
Senador se manifesta pela primeira vez
Roberto Muniz (PP-BA), suplente de Walter Pinheiro, que se licenciou para assumir a Secretaria de Educação da Bahia, se posicionou contra o impeachment ao discursar nesta noite. Foi a primeira vez que o senador se manifestou publicamente a respeito.
"O mais importante é entender que, mesmo que se tenha constatado irregularidade fiscal, o mesmo não alcança o patamar de crime de responsabilidade fiscal".