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Senado realiza nesta terça sessão de pronúncia de Dilma; acompanhe
Após quase 17h de sessão, o Senado decidiu na madrugada desta quarta (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. Os trabalhos começaram às 9h44 da terça (9) e foram comandados pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Chamada de "juízo de pronúncia", essa foi a penúltima etapa do processo de impeachment contra Dilma.
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"As questões de ordem têm o intuito de catimbar o julgamento. Falta fair play para entender que atrasar esse julgamento é um desserviço ao Brasil", diz o senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
Vanessa Grazziotin (PCdoB) pede que os registros contem na integralidade em suas respectivas atas. "Até para evitar que haja dupla interpretação, que Vossa Excelência daqui pra frente, a não ser que sejam palavras extremamente ofensivas, que não determinasse o procedimento da retirada", diz a Lewandowski.
Gleisi Hoffmann (PT) afirma que ela e os senadores Lindberg Farias (PT), Vanessa Grazziotin (PCdoB), Fátima Bezerra (PT) e Humberto Costa (PT) protocolaram no dia 4 de agosto uma declaração de voto pela rejeição do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB). Gleisi pede que Lewandowski "determine a publicação nos avulsos da declaração de voto apresentada, bem como sua inclusão no processo". Lewandowski diz que a declaração já foi encaminhada aos senadores.
Randolfe Rodrigues (Rede) pede que Lewandowski determine a suspensão do processo de impeachment até que seja esclarecida a delação premiada de Marcelo Odebrecht. Segundo a revista Veja, Odebrecht afirmou na negociação da delação que repassou R$ 10 milhões em dinheiro ao PMDB em 2014 e que o pedido foi feito por Michel Temer, hoje presidente interino.
Vanessa Grazziotin (PCdoB) requisitou ler uma nota do democrata americano Bernie Sanders em que ele pediu que os Estados Unidos se posicionem contra o impeachment de Dilma Rousseff. Lewandowski acatou parcialmente o pedido e disse que a nota será incluída na ata da sessão. Ao final da fala da senadora, o senador Magno Malta (PR) ironizou: "agora os Estados Unidos viraram referência para o PCdoB?".
"Se for aprovado o impeachment, não tem mais investigação contra o Michel Temer", diz o senador Lindberg Farias (PT).
"Presidente Lewandowski não tem partido, está aqui como juiz", afirma o senador José Agripino (DEM).
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) é interrompida e discute com oposição de Dilma. "Não sei se Vossa Excelência está acostumada a este tipo de ambiente. É lamentável", diz a Lewandowski.
Pedro Ladeira/Folhapress O presidente do STF Ricardo Lewandowski assume a sessão para votação da pronúncia do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, no plenário do Senado "Ouviremos todas as questões de ordem, as contraditas, e no final responderei a todas", afirma Lewandowski.