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Senado realiza nesta terça sessão de pronúncia de Dilma; acompanhe
Após quase 17h de sessão, o Senado decidiu na madrugada desta quarta (10) tornar a presidente afastada, Dilma Rousseff, ré no processo de seu impeachment.
Foram 59 votos favoráveis e 21 contrários, sem nenhuma abstenção. Os trabalhos começaram às 9h44 da terça (9) e foram comandados pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski.
Chamada de "juízo de pronúncia", essa foi a penúltima etapa do processo de impeachment contra Dilma.
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"Se não querem ser chamados de 'chicaneiros' não nos chamem de golpistas", diz o senador Magno Malta (PR).
"O objetivo não é atrasar, mas deixar registrado na história nossos pontos de vista centrais", senador Lindberg Farias (PT) sobre questões de ordem.
Lewandowski discursa à Mesa e afirma que senadores deverão agir "com coragem e independência", pautando-se pela "consciência" e pelas "normas constitucionais e legais".
O ministro Lewandowski assume a sessão.
Até o momento, 32 senadores registraram presença.
Sessão foi aberta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. O painel marcava 9h44.
O ministro Lewandowski já está sentado à Mesa.
Um dos autores da acusação contra Dilma Rousseff, o advogado Miguel Reale Júnior, ironizou o pedido do PT para adiar a sessão por causa de acusações contra o presidente interino Michel Temer. "Seria muito bom se seus partidários trouxessem para dentro do impeachment a Lava Jato. Era o que estava na acusação inicial, a presidente como madrinha dos diretores envolvidos no esquema da Petrobras. É muito bom que seus partidários tragam fatos de 2014", ironizou. Para ele, a votação de hoje será uma decisão dos senadores entre a "escuridão e a luz". "Destruíram as finanças públicas e estamos nesta hora calamitosa do país. É a hora em que o Brasil decide: a escuridão antiga ou a luz futura. Essa é a grande decisão de hoje, com a decisão maior no fim de agosto, mas hoje já é uma antecipação", disse.
O painel será então aberto a voto, o que pode acontecer só na madrugada ou manhã de quarta-feira (10).
Após o pronunciamento das partes, haverá a fase de encaminhamento, a última antes da votação: dois oradores da defesa e dois oradores da acusação terão o microfone por cinco minutos, cada um.