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Após impeachment, São Paulo tem noite de confrontos em protesto
Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e posse de Michel Temer como novo presidente da República, o centro de São Paulo teve noite de protestos nesta quarta (31).
Manifestantes contrários ao impeachment entraram em confronto com a Polícia Militar em pelo menos quatro pontos da cidade.
O primeiro confronto aconteceu na rua da Consolação, onde manifestantes foram dispersados por bombas de efeito moral. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, a polícia reagiu depois que um "grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras".
Ao menos sete pessoas ficaram feridas. Fotógrafos que cobriam protesto sofreram agressões de policiais militares e o prédio da Folha foi atacado.
Essa é a segunda vez na história que um processo de impeachment resulta na queda do chefe do Executivo. Sob suspeita de corrupção, Fernando Collor de Mello (1990-1992) renunciou horas antes da votação do seu processo, mas o Senado decidiu à época concluí-la, o que culminou na condenação por crime de responsabilidade.
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Rose de Freitas declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 29
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) afirmou que ela e seu partido tentaram fazer com que o governo de Dilma Rousseff desse certo, mas que nunca teve oportunidade de diálogo com a presidente.
Ela é favorável ao impeachment. "O país merece essa esperança", disse.
Rose de Freitas (PMDB-ES) é a 45° senadora a falar
Hélio José declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 28
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2O senador Hélio José (PMDB-DF), favorável ao impeachment, justificou seu voto dizendo que Michel Temer garantiu que não haverá regressão nos direitos consolidados. "Sou um homem do PMDB, um homem de partido, e vamos voltar a fazer o Brasil grande", disse.
Ele também chamou a atenção para o fato de que, caso o impedimento de Dilma se confirme, metade dos presidentes eleitos depois da redemocratização do Brasil terão sofrido impeachment.
O político reconheceu que esses processos representam traumas políticos. Porém, afirmou que passar por afastamentos presidenciais sem maiores instabilidades demonstra que a democracia brasileira é sólida.
O 44° senador a falar é Hélio José (PMDB-DF)
Sergio Petecão declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 27
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2O senador Sergio Petecão (PSD-AC), favorável ao impeachment de Dilma, disse que o senado tem o papel constitucional de tirar Dilma do poder.
"Nos encontramos a ponto de dar um basta e irmos rumo a uma saída urgente e inadiável", disse. "O que me deixa com a consciência tranquila é que esse procedimento esteve sob o olhar atento do guardião supremo de nossa Constituição, o Supremo Tribunal Federal", disse, saudando o ministro Ricardo Lewandowski.
Petecão afirmou que os governos do PT tem um comportamento irresponsável. Ele disse que, no Acre, é perseguido por políticos do partido.
"Cada vez que o PT atenta contra mim, me sinto mais encorajado a resistir", afirmou. "Meu voto é pela reparação da moral, da lei e dos bons costumes."
"Espero também que esse dia chegue também para todos os acreanos", afirmou. O Acre é governado pelo petista Tião Viana.
Sérgio Petecão (PSD-AC) é o 43° senador com a palavra
Wilder Morais declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 26
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2O senador Wilder Morais (PP-GO) declarou voto favorável ao impeachment de Dilma Rousseff. Ele disse que Dilma demonstrou pouca humildade em seu pronunciamento ao Senado, quando chamou o governo Temer de usurpador e disse que o afastamento configura um golpe de estado.
"O governo Dilma é corrupto em essência e mentiroso por convicção", disse. "Esse processo nasceu dos movimentos populares e o governo não ouviu o clamor das ruas."
Morais disse que, por meio de "contabilidade criativa", Dilma escondeu um rombo nas contas públicas. "O estrago é tão grande que até nossos netos pagarão por isso."
"Votarei ao favor do impeachment não só pelos crimes de responsabilidade descritos na denúncia, mas também pelo conjunto da obra, que mostra que Dilma Rousseff não tem mais condições de governar."
O senador terminou o discurso afirmando que confia na capacidade que Michel Temer tem para conduzir o país.
O 42° senador a falar é Wilder Morais (PP-GO)
Lindbergh Farias declara voto contrário ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 25
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2Lindbergh Farias (PT-RJ) comparou o julgamento de Dilma diante de oficiais militares, durante a ditadura, ao julgamento do impeachment no Senado. O senador posicionou-se contrariamente ao impeachment.
"Isso aqui é um tribunal de exceção, no qual as provas são irrelevantes. O que está por trás de tudo isso é outra coisa. O tribunal foi montado para condenar uma inocente e salvar os condenados de corrupção", disse.
Lindbergh disse que nem a Câmara dos Deputados nem o Senado tem "autoridade moral" para julgar a presidente. "O objetivo desse Congresso é estancar a Lava Jato com o sangue de uma inocente."
Ele afirmou que as "elites da Avenida Paulista" não aceitam que a presidência seja ocupada por um metalúrgico e por uma mulher que enfrentou a ditadura, em referência a Dilma e Lula.
De acordo com o senador, a oposição ao governo do PT vem do desconforto das classes privilegiadas com a ascensão dos mais pobres.
"Querem tirar a senhora do governo, presidente, porque a senhora é o Lula estão do lado dos trabalhadores", afirmou. "A história sera implacável contra todos que cometeram essa injustiça, como foi com os ditadores e torturadores do passado."
"Eles não aceitam que uma favelada seja referência para o Brasil", disse, citando o exemplo da judoca Rafaela Silva, vinda da Cidade de Deus, medalha de ouro na Rio-2016.
O petista também fez referência ao governo de Getúlio Vargas e disse que a oposição quer "entregar o pré-sal às multinacionais do petróleo".
Lindbergh Farias (PT-RJ) é o 41° senador a se manifestar