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Após impeachment, São Paulo tem noite de confrontos em protesto
Após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff e posse de Michel Temer como novo presidente da República, o centro de São Paulo teve noite de protestos nesta quarta (31).
Manifestantes contrários ao impeachment entraram em confronto com a Polícia Militar em pelo menos quatro pontos da cidade.
O primeiro confronto aconteceu na rua da Consolação, onde manifestantes foram dispersados por bombas de efeito moral. Segundo a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, a polícia reagiu depois que um "grupo começou a incendiar montes de lixo e agredir policiais com pedras".
Ao menos sete pessoas ficaram feridas. Fotógrafos que cobriam protesto sofreram agressões de policiais militares e o prédio da Folha foi atacado.
Essa é a segunda vez na história que um processo de impeachment resulta na queda do chefe do Executivo. Sob suspeita de corrupção, Fernando Collor de Mello (1990-1992) renunciou horas antes da votação do seu processo, mas o Senado decidiu à época concluí-la, o que culminou na condenação por crime de responsabilidade.
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Pedro Chaves declara voto contrário ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 33
Votos declarados contra o impeachment: 15
Não declarados: 2O senador Pedro Chaves (PSC-MS), membro da comissão especial do impeachment no Senado, afirmou que não aconteceu nada durante as sessões do julgamento de Dilma que alterasse seu entendimento sobre o caso.
Assim, manteve seu voto favorável ao impedimento.
"Espero que doravante o Brasil encontre o caminho do crescimento econômico e social e da geração de emprego e renda", disse.
Pedro Chaves (PSC-MS) é o 50° senador a se pronunciar
Otto Alencar declara voto contrário ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 32
Votos declarados contra o impeachment: 15
Não declarados: 2O senador Otto Alencar (PSD-BA) declarou voto contrário ao impeachment de Dilma Rousseff. Ele afirmou que a presidente afastada encaminhou obras que beneficiaram a Bahia.
"Nunca tive cargos no governo de Dilma e nunca trocaria minha consciência por nenhum bem material", disse. "Tenho toda a tranquilidade para defender o que acho correto."
"Nosso país vive uma situação de crise muito grande. Costumo dizer que a crise de todos nós, oposição e governo", afirmou. "No meu Estado, Dilma fez um belo trabalho. As obras encaminhadas por ela transformaram o Estado."
O senador afirmou que o julgamento deve se ater a discussão sobre as pedaladas fiscais e os crimes de responsabilidade.
"Não cabe a nós julgar quem dilapidou a Petrobras", afirmou. "Quem dilapidou a Petrobras foram políticos indicados por vários partidos."
Alencar disse que a argumentação do advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, o convenceu da inocência da presidente.
Ao fim do discurso, citou a presença de Chico Buarque no plenário ontem, como convidado de Dilma, e listou uma série de músicas do compositor, como "Joga Pedra na Geni" e "Cálice".
O 49° senador a falar é Otto Alencar (PSD-BA)
Waldemir Moka declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 32
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) se posicionou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff.
Ele defendeu a legalidade do rito do impeachment e comparou o discurso de Dilma, quando questionada pelo Senado, a uma "disco que toca sempre a mesma música".
O 48° senador a falar é Waldemir Moka (PMDB-MS)
Simone Tebet declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 31
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2"A expressão latina 'in dubio pro reu' [no jargão jurídico, é o princípio que garante o benefício da dúvida ao acusado] não deve prevalecer nesse processo" afirmou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), favorável ao impeachment.
De acordo com ela, como o julgamento trata de fatos políticos, o benefício da dúvida deve recair sobre a sociedade. Assim, afirmou que deve ser julgado o "conjunto da obra" do governo de Dilma e não apenas os crimes de responsabilidade.
Ela afirmou que o Petrolão é o maior escândalo da história do mundo e disse que o Senado está diante de um "crime continuado de fraude fiscal contra a sociedade brasileira".
Tebet disse, também, que o governo de Dilma cometeu "estelionato" ao esconder o estado das contas públicas da população na campanha eleitoral de 2014.
Simone Tebet (PMDB-MS) é a 47ª senadora a discursar
Ana Amélia declara voto favorável ao impeachment
Votos declarados a favor do impeachment: 30
Votos declarados contra o impeachment: 14
Não declarados: 2A senadora Ana Amélia (PP-RS) declarou votou favorável ao impeachment e disse que a história irá narrar as fraquezas do governo Dilma.
"A historia falará de um governo que não mediu os riscos e abusou dos gastos", disse. "Por se achar intocável, a presidente abusava de medidas provisórias e decretos. Foi em alguns destes que tropeçou feio."
"A história falará de quando famílias inteiras foram as ruas e as cores verde e amarela se sobrepuseram a outras que não estão na nossa bandeira", afirmou, em referência aos protestos contra o PT.
A senadora ainda defendeu a cobertura da imprensa durante o processo de impeachment. "Os meios de comunicação foram atacados por cumprirem sua função de informar."
A 46ª senadora a falar é Ana Amélia (PP-RS)