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Comissão do Senado aprova abertura de processo de impeachment de Dilma
A comissão especial do Senado aprovou nesta sexta-feira (6) o relatório a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Foram 15 votos a favor e cinco contrários ao parecer do relator, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que aponta a existência de elementos suficientes para a petista ser afastada e julgada por crime de responsabilidade. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), não votou sob a alegação de que, pelo regimento, só deveria se manifestar em caso de empate.
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"O Brasil não pertence a partidos políticos, e sim ao povo brasileiro. Espero que, nesse país, nunca mais tenhamos pedaladas fiscais", diz Eduardo Amorim. Ele conclui sua fala confirmando que o "PSC diz 'sim' ao relatório".
Eduardo Amorim (PSC-SE) é favorável ao relatório de Anastasia.
Ana Amélia (PP-RS) é a primeira líder a falar. "Encaminho o voto 'sim'."
Raimundo Lira nega o pedido de Gleisi Hoffmann de suspender o processo de impeachment. "Indefiro a questão de ordem."
Cássio Cunha Lima critica as atitudes dos senadores petistas, que pedem a suspensão do pedido de impeachement. No fim de sua fala, o tucano defende o trabalho do relator Anastasia.
Eduardo Anizelli/Folhapress 
A pedido de Raimundo Lira, funcionário troca campainha da comissão do Senado Gleisi Hoffmann (PT-PR) cita a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de afastar o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para pedir a nulidade do processo de impeachment de Dilma. "Nós requeremos a suspensão dos trabalhos dessa comissão até que o presidente do Senado responda às questões do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo."
Simone Tebet (PMDB-MS) rebate os comentários do petista Lindbergh Farias sobre "Uma Ponte para o Futuro". "Eu quero deixar claro que este programa foi elaborado e discutido pela Fundação Ulysses Guimarães. Não é um projeto fechado. Ainda mais porque Michel Temer não é o presidente do Brasil."
"Hoje é um dia difícil pra gente. Ver uma mulher honrada, honesta, ser afastada da Presidência", comenta Lindbergh Farias.
Ele também lista pontos do programa "Uma Ponte para o Futuro". "Estão querendo pagar menos de um salário mínimo para aposentados. O documento rasga o legado do Lula, do Ulysses Guimarães e do Getúlio Vargas."
"O neoliberalismo foi primeiramente implantado no Chile de Pinochet. Eles sabem que esse programa não seria eleito. É por isso que estão dando esse golpe."
O senador petista aproveita para dizer que "Eduardo Cunha é líder de quadrilha". "Ele fez alianças com PSDB, com DEM. Está influindo nos futuros ministros do governo Michel Temer."
A sessão retorna, depois de cerca de 25 minutos.
