O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), foi preso nesta quarta-feira (25) no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo as investigações, ele tentava conturbar o trabalho da equipe que investiga o megaescândalo de corrupção na Petrobras.
Delcídio chegou a oferecer uma mesada de R$ 50 mil para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de delação premiada e deixasse o país.
Também foi preso o banqueiro André Esteves, do BTG Pactaul, acusado de que seria o financiador do plano de fuga de Cerveró. As prisões são o primeiro resultado do acordo de delação que Cerveró fechou com a Procuradoria Geral da República.
Ele já havia tentado fechar o acordo duas vezes, mas os procuradores resistiam porque viam nele "um jogador" que escondia fatos importantes para a investigação da Lava Jato.
À noite, o Senado decidiu, em votação aberta, pela manutenção da prisão de Delcídio --o resultado foi 59 votos a favor, 13 contra e uma abstenção.
Ao confirmarem a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) fizeram duros discursos.
Preso nesta quarta-feira (25), o banqueiro André Esteves, fundador e presidente do banco BTG Pactual, chegou à sede da Polícia Federal no centro do Rio sem algemas, vestindo camisa branca e calça social escura.
André Esteves durante evento em maio
Um dos vices-líderes do governo no Senado deverá ser o substituto de Delcídio do Amaral. Como a sessão desta quarta é do Congresso, será o próprio líder do governo no Congresso que ficará à frente dos trabalhos de hoje.
Conhecido por ter bom trânsito no governo e com políticos de vários partidos, Para colocar hiperlink André Esteves é um dos banqueiros mais influentes do Brasil. Ele foi preso nesta quarta-feira (25) por participar de um plano de fuga para tirar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró do país e, assim, evitar sua delação.
Nova fase da Operação Lava Jato, que prendeu o líder do governo, senador Delcídio do Amaral e do banqueiro André Esteves é "grave, muito grave, mais grave do que vocês imaginam" afirmou à Folha um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Citado na Lava Jato como suposto beneficiário de propina na compra da refinaria de Pasadena, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) tem vínculos antigos com a Petrobras. O líder do governo foi preso hoje por tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Sua ligação com Nestor Cerveró, ao qual ofereceu R$ 50 mil para que não fechasse acordo de delação premiada, remonta ao final dos anos 90, quando Delcídio chegou a comandar a diretoria de gás da estatal no final do governo Fernando Henrique Cardoso (1999-2001). Cerveró era o número 2 de Delcídio.
2ª Turma acaba de referendar decisão do ministro Teori Zavascki de autorizar prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e mais três.
— STF (@STF_oficial) November 25, 2015
Preso nesta quarta-feira (25) por tentar atrapalhar as investigações Operação Lava Jato, o banqueiro André Esteves teria participado de um plano de fuga para tirar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró do país e, assim, evitar sua delação. Esteves teria se proposto a bancar os R$ 4 milhões da operação. O valor serviria também para excluir o banqueiro das denúncias de Cerveró.
As prisões do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e do banqueiro André Esteves são o primeiro resultado do acordo de delação que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fechou com a Procuradoria Geral da República. Ele já havia tentado fechar o acordo duas vezes, mas os procuradores resistiam porque viam nele "um jogador" que escondia fatos importantes para a investigação da Lava Jato