Foi realizada nesta quinta-feira (22) em São Paulo a terceira de uma série de manifestações contra a Copa do Mundo, que contou com a presença de sem-teto, estudantes e movimentos sociais.
Com concentração iniciada às 17h no largo da Batata, na zona oeste,
os participantes do ato saíram pela avenida Faria Lima em marcha por volta das 18h20. Passaram pela avenida Cidade Jardim e pela Marginal Pinheiros, até chegarem em seu ponto final, na ponte Estaiada.
A Polícia Militar estima que 15 mil pessoas estiveram presentes, mas nota oficial do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto diz que o número de manifestantes chegou a 32 mil.
No encerramento do ato, um dos líderes do MTST, Guilherme Boulos, prometeu promover um protesto por semana, caso não sejam aplicados investimentos na construção de moradias.
Embora a manifestação tenha sido pacífica, sua passagem por algumas das principais avenidas da cidade complicou o trânsito justamente no horário de pico.
Segundo o MTST, PM e CET estão avisados do trajeto da manifestação. Na ponte Octavio Frias de Oliveira, haverá uma apresentação teatral.
O clima ainda é tranquilo no largo da Batata. Pessoas voltando para casa após o trabalho aproveitam para tirar fotos da manifestação.
O principal líder do MTST, Guilherme Boulos, disse que estão reunidas 6 mil pessoas.
O MTST é organizado. As pessoas vêm de todas as ocupações em grupos, ou de trem ou de ônibus. Cada ocupação se divide por glebas. No começo e ao fim de cada ato, os líderes de cada gleba vão chamando seus grupos para seguirem ordenadamente até os meios de transporte. Segundo o líder Josué Rocha, cada um paga a sua passagem.
O ato é chamado de "Quinta-Feira Vermelha" pelos organizadores.
Manifestantes do MTST no metrô República, a caminho da manifestação. (crédito: Fabiano Maisonnave/Folhapress)
O ato é baseado na ideia "hexa dos direitos", em alusão ao sexto título que a seleção brasileira busca na Copa do Mundo. E reivindica moradia, transporte, saúde e educação de qualidade. Também pedem "soberania na Copa" (por exemplo, direito de ambulantes trabalharem no Mundial) e a não criminalização dos protestos.
Há uma grande quantidade de manifestantes na saída do metrô Pinheiros, interrompendo uma das saídas. O grupo é acompanhado por seguranças do metrô e interrompe o trânsito para atravessar a Faria Lima.
Também não há nenhum bloqueio, de acordo com a PM, pois os manifestantes ainda estão concentrados no largo da Batata.
Ainda não há estimativa de número de manifestantes, segundo a Polícia Militar.