Foi realizada nesta quinta-feira (22) em São Paulo a terceira de uma série de manifestações contra a Copa do Mundo, que contou com a presença de sem-teto, estudantes e movimentos sociais.
Com concentração iniciada às 17h no largo da Batata, na zona oeste,
os participantes do ato saíram pela avenida Faria Lima em marcha por volta das 18h20. Passaram pela avenida Cidade Jardim e pela Marginal Pinheiros, até chegarem em seu ponto final, na ponte Estaiada.
A Polícia Militar estima que 15 mil pessoas estiveram presentes, mas nota oficial do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto diz que o número de manifestantes chegou a 32 mil.
No encerramento do ato, um dos líderes do MTST, Guilherme Boulos, prometeu promover um protesto por semana, caso não sejam aplicados investimentos na construção de moradias.
Embora a manifestação tenha sido pacífica, sua passagem por algumas das principais avenidas da cidade complicou o trânsito justamente no horário de pico.
A pista local da marginal Pinheiros já está bloqueada pela PM no sentido ponte Estaiada.
A entrada do shopping Iguatemi na avenida Faria Lima já foi liberada para entrada e saída.
Agora, a marcha segue pela rua Mário Ferraz. Lojas e restaurantes da via fecharam as portas.
"Não sou contra as manifestações, mas acho que aqui não pode ser lugar de manifestação. Eles têm os problemas deles, mas todos temos os nossos. Não pode atrapalhar os outros", completa Pousada.
A administradora Maria do Carmo Pousada, 57, chegava ao shopping Iguatemi no momento em que os sem-teto passavam. Encontrou as portas fechadas. "Como estava muito trânsito, eu decidi sair do trabalho e ficar um tempo aqui. Mas não consegui entrar", disse.
Com a chegada da manifestação, o trânsito é interrompido na avenida Cidade Jardim, no sentido Morumbi.
Protesto reúne 5.000 pessoas, fecha comércio e bloqueia ruas em SP
Um grupo tentou erguer uma faixa preta, mas os organizadores pediram para abaixá-la, porque a cor lembra os black blocks.
Ônibus parado no trânsito enquanto a marcha dos manifestantes segue. (Crédito: Fabio Braga/Folhapress)
Entrada do shopping Iguatemi é reforçada com seguranças (crédito: Ricardo Gallo/Folhapress)