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Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, fecha em leve queda de 0,2%, a 50.405 pontos; foi a segunda queda consecutiva do índice, acumulando perda de 2,27% entre ontem e hoje
Banco Central anuncia que fará, amanhã, dois leilões de linha de crédito --que foram muito utilizados para conter a alta do dólar quando estourou a crise global de 2008-- totalizando até US$ 4 bilhões; autoridade já havia anunciado que fará, também amanhã, um novo leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro
Depois de o dólar disparar após a ata do BC americano, Banco Central fez a segunda intervenção do dia no câmbio; autoridade promoveu um novo leilão de swap tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro, por volta de 16h20, quando o dólar comercial ultrapassou R$ 2,45; foram vendidos 35,6 mil contratos dos 40 mil oferecidos por US$ 1,774 bilhão; os papéis têm vencimento em 3 de fevereiro de 2014
Integrantes do Fomc (comitê de política monetária americano) foram informados sobre o potencial de criar uma linha com taxa prefixada para recompras reversas overnight de títulos --transação em que o Fed vende um título do Tesouro dos EUA para um operador primário do país ou para um grande fundo, e então o recompra no dia seguinte; a transação retira temporariamente dinheiro do sistema bancário, enquanto o operador ou o fundo recebe os juros sobre a transação
Dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, amplia avanço em relação ao real para 1,17% após ata do BC americano, cotado em R$ 2,428 na venda; dólar comercial, utilizado no comércio exterior, sobe 1,92%, a R$ 2,440
Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, segue em leve alta de 0,24% após divulgação da ata do BC americano, a 50.652 pontos; ações mais negociadas da Petrobras sobem mais de 2% e sustentam o desempenho positivo do índice
"A recuperação da economia americana, independentemente de quando será cortado o estímulo econômico nos EUA, já estimula a volta de investimentos de médio e longo prazos que estavam alocados em mercados emergentes. Mas a principal motivação dessa volta, sem dúvida, ainda, permanece sendo a expectativa de elevação no juro básico naquele país", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora
"O problema maior é que o investidor estrangeiro não quer perder dinheiro em mercados emergentes. Ele vê a recuperação na economia americana, sabe que os investimentos lá têm risco bem menor que nos emergentes e, então, não pensa duas vezes em migrar", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora
"O mundo emergente sofre bastante com o corte nos estímulos nos EUA. Isso enxugaria o volume de dólares nos mercados globais e, com a oferta menor, a cotação tende a subir. A perspectiva de elevação do juro básico naquele país no próximo ano também já tira investidores dos mercados emergentes e os leva de volta aos EUA", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora
"A ata do Federal Reserve [banco central americano] aponta para a retirada dos estímulos nos EUA em um futuro próximo. Não ficou claro se isso vai acontecer em setembro ou não, mas há praticamente um consenso de apoio ao cronograma da autoridade, que pretende encerrar o seu programa de recompra mensal de títulos públicos até meados de 2014", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora