Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos: "Nosso mercado é muito maior e muito mais organizado do que os outros países (emergentes). Isso faz com que sejamos mais sensíveis a percepção sobre esses mercados. O Chile pode ser maravilhoso, mas, se o cara quiser comprar em emergentes, vem para o Brasil, onde tem liquidez. E sai muito mais facilmente daqui também. No caso da Argentina, a situação é dramática. A boa notícia é que durante tanto tempo eles estiveram tão ruins que eles estão fora do radar dos estrangeiros. Ninguém mais está lá para deixar de investir nesse país. Já saíram"
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos: "O ponto fraco do Brasil é a desconfiança com o governo. É muito forte no mercado que vamos perder um grau em nossa nota soberana. Além da economia estar ruim, com inflação alta, contas públicas deterioradas e crescimento fraco, por exemplo, nossos políticos não colaboram para melhorar a imagem brasileira no mercado"
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos: "A desvalorização das moedas emergentes não é ruim, desde que seja sem volatilidade, controlada. Eu medi a solvência de alguns emergentes através da divisão das reservas internacionais por quanto cada um gasta com importação. A diferença é grande. Tem país com cinco dias de 'vida útil' e o Brasil, por exemplo, com 18 meses. Isso mostra que estamos muito mais preparados para lidar com o cenário ruim. Não é que estamos em uma posição boa, mas simplesmente estamos mais preparados"
André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos: "Era esperado que o fluxo financeiro fosse ser negativo em diversos países emergentes com a retirada dos estímulos nos EUA. Não há novidade, ou motivo para pânico. A reação do mercado tem sido exagerada. A suposta 'coordenação dos países emergentes' em adotar medidas foi mais uma reação em cadeia tardia e paliativa. Cada emergente tem suas características específicas e está lutando para tentar amenizar ao máximo a saída de investimentos estrangeiros"
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve leve valorização de 0,03%, para 19.418 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 caiu 0,44%, para 9.920 pontos; em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,01%, para 6.696 pontos
Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 0,43%, a 6.510 pontos; em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,71%, para 9.306 pontos; em Paris, o índice CAC-40 cedeu 0,34%, para 4.165 pontos
Bolsas europeias recuaram nesta sexta-feira (31), ampliando a recente desvalorização por preocupações de que os resultados de empresas da região serão afetados pela turbulência nos mercados emergentes; também agitaram os investidores os dados mostrando uma desaceleração inesperada na inflação da zona do euro, reanimando temores de que a região pode estar caindo em deflação; o índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, recuou 0,28%, a 1.290 pontos
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tem alta de 0,54% em relação ao real, cotado em R$ 2,425 na venda; já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avança 0,41%, também a R$ 2,425; o real, assim como as demais moedas emergentes, segue sendo afetado pela desconfiança dos estrangeiros com os emergentes e pela retirada do estímulo americano, que reduz o volume de recursos disponível para investimento nesses mercados; neste momento, 22 das 24 moedas emergentes mais negociadas apresentavam desvalorização em relação ao dólar; Leia mais
Em sentido oposto, as ações mais negociadas da Petrobras, que também representam mais de 8% do Ibovespa, sobem 1,49%; a estatal divulgou hoje que sua produção de petróleo e gás natural no Brasil ficou, no ano passado, 1,5% abaixo da média produzida em 2012; está prevista para hoje uma reunião do conselho de administração da Petrobras; as ações do setor elétrico sobem, com destaque para CPFL (+1,81%) e Cemig (+1,18%); Leia mais
As ações mais negociadas da Vale, que subiram fortemente nos últimos dias com a alta do dólar, que beneficia as grandes exportadoras, tinham queda nesta sexta-feira; neste momento, a desvalorização era de 0,2%; esses papéis representam mais de 8% do Ibovespa; Leia mais