Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos: "Caso a Petrobras apresente seu plano estratégico junto com os resultados, o teor do documento vai guiar o desempenho das ações. Por enquanto, o cenário continua negativo para a companhia, diante da forte interferência do governo em suas operações. As eleições serão determinantes para o futuro da Petrobras"
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos: "A Graça Foster (presidente da Petrobras) é uma profissional que tem gerado certa confiança nos investidores de que algo possa melhorar. Ela luta por decisões que vão a favor de uma melhora nas condições da empresa, mas encontra muita resistência por parte do governo. Ela mesma já afirmou que, sem um reajuste maior nos preços dos combustíveis, fica difícil de a estatal conseguir cumprir seu plano de negócios"
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos: "O adiamento da divulgação (do balanço da Petrobras) é ruim. Há sempre um receio sobre o motivo por estarem fazendo isso. Será que os números pioraram tanto? Abre brecha para especulações, e as ações podem sofrer com isso. Ontem, a ação mais negociada da empresa atingiu seu menor valor desde julho de 2005. Hoje, a alta é reflexo das quedas recentes"
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos: "A recuperação da Bolsa brasileira hoje também está ligada a uma questão de preços. Ela caiu muito nos últimos dias, por isso é natural que alguns papéis tenham ficado baratos, atraindo os investidores hoje. No ano, o Ibovespa cai mais de 7%, quase a metade da perda vista em 2013. É bastante coisa. Embora as perspectivas continuem negativas, essa desvalorização exagerada pode trazer um alívio pontual à Bolsa em algum momento"
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos : "A decisão de juros na Europa, embora dentro do esperado, animou o mercado. O presidente do BCE (Banco Central Europeu) voltou a afirmar que a instituição vai manter política acomodativa, com taxa de juros em seu menor nível histórico. Mario Draghi também demonstrou que o BCE está preocupado com a situação dos emergentes, o que também reforça a necessidade de manter a política acomodativa, por ora"
João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos: "Os dados americanos vieram mistos. Enquanto o deficit da balança comercial daquele país ficou acima do esperado em dezembro, o número de pedidos de auxílio-desemprego veio menor que o previsto na semana passada. O mercado aguarda mesmo a divulgação do 'payroll' (relatório oficial de emprego dos EUA), que será divulgado amanhã. O número pode guiar as decisões do Fed (banco central americano) sobre seu estímulo"
Bolsas dos Estados Unidos abriram com alta nesta quinta-feira (6), com o relatório melhor do que o esperado sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego alimentando a confiança em que a economia está melhorando, mas a cautela continuava antes da divulgação dos dados de emprego no dia seguinte; neste momento, o índice Dow Jones avança 0,56%, para 15.526 pontos, enquanto o índice Standard & Poor's 500 tem valorização de 0,57%, para 1.761 pontos, e o termômetro de tecnologia Nasdaq sobe 0,64%, para 4.037 pontos
O Banco Central Europeu está de olho nos riscos provenientes da volatilidade em mercados emergentes, que ainda não surtiram efeitos na economia da zona do euro, afirmou nesta quinta-feira (6) o presidente do BCE, Mario Draghi; fortes desvalorizações cambiais e demanda mais fraca em mercados emergentes podem ampliar as pressões deflacionárias na zona do euro, que têm maior exposição a esses mercados do que os Estados Unidos e o Japão; "Os motivos por trás dessa situação nas economias emergentes são bastante complexos e estão fora do controle das autoridades da zona do euro", disse Draghi em entrevista à imprensa após a reunião do BCE
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos atingiu 331.000 na semana passada, abaixo das 335.000 novas solicitações previstas pelo mercado; o dado referente à semana anterior foi revisado de 348.000 para 351.000 novos pedidos do benefício
Saldo externo na Bolsa brasileira é negativo em R$ 387,7 milhões em fevereiro; até o dia 4 deste mês, os estrangeiros compraram R$ 6,613 bilhões e venderam R$ 7,001 bilhões