Strokes faz show recheado de hits antigos no encerramento do Lolla
Conhecido por sua pegada roqueira, o festival Lollapalooza chega à sexta edição brasileira neste sábado (25) e no domingo (26), no autódromo de Interlagos, com um line-up peculiar.
Fora uma ou outra grande atração, como os headliners Metallica e The Strokes, a programação é dominada por artistas da cena eletrônica ou que são influenciados por ela. The Weeknd e The Chainsmokers são só alguns exemplos dessa nova cara do festival.
Confira em tempo real a cobertura da "Ilustrada".
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Que sequência inicial! "Radio", "Roots Radicals", "Journey to the End of the East Bay" e "Maxwell Murder". Rancid faz o público pogar muito. (DAIGO OLIVA)
Como não poderia faltar, fãs do Rancid já fazem rodinhas de pogo. (AMANDA NOGUEIRA)
Depois de gritar "Fora, Temer", multidão no palco Axe grita agora é por Criolo. O show deve começar nos próximos minutos.
A carioca Marcela Vasconcelos, 21, está no público que aguarda o rapper. "Cara, eu escutei o disco ["Ainda Há Tempo"] quando era muito novinha. Legal que ele fez releituras desse disco e vai tocar hoje". A apresentação de Criolo pega carona na divulgação de seu disco mais recente, "Ainda Há Tempo" –mesmo nome de seu álbum de estreia lançado originalmente em 2006. (VICTORIA AZEVEDO)
Há fila para entrar no Perry's, que está lotado. Público que já frequentou outras edições diz nunca ter visto fila para entrar em um palco. Próximo show é do DJ e produtor brasileiro Lukas Ruiz – o Vintage Culture. (ALEX KIDD)
Pela primeira vez no Brasil, o Rancid começa a tocar no palco Skol, no primeiro dia do Lolla, com "Radio", faixa do disco "Let's Go", de 1993. Uma das principais referências do punk norte-americano na década de 1990, o quarteto formado por Tim Armstrong, Lars Frederiksen, Matt Freeman e Branden Steineckert mistura punk, hardcore, ska e reggaae e foi, ao lado do Green Day, fonte de influência para diversas bandas de rock que apareceram anos depois. O disco mais conhecido dos californianos é "...And Out Come the Wolves", de 1995, base de grande parte do repertório dos últimos shows da banda. (DAIGO OLIVA)
Victoria Azevedo/Folhapress No palco Axe, o público que aguarda apresentação do rapper Criolo puxa um (forte) coro de "Fora, Temer" Victoria Azevedo/Folhapress Direto de Santa Catarina, Mara Luana, 34, é uma das pessoas que enfrenta fila para pegar um chope. "Todos os bares de todos os palcos estão na greve geral do chope", diz ela, que já tentou pedir a bebida em alguns bares, mas era informada de que havia acabado. Sem chope, as pessoas estão apostando no Skol Beats. Além de comprar a bebida nos bares, é possível obtê-la com ambulantes que estão espalhados pelo autódromo. Cerca de 140 pessoas já passaram pelo posto médico. As causas principais são desidratação, hipotensão (queda de pressão) e excesso de álcool. (AMANDA NOGUEIRA)
TEGAN AND SARA
Duração real: 50 minutos
Poderia ter durado: 50 minutos (dez a menos que o previsto) caíram bem
Número de músicas: 14
Look da banda: back to the 80's – as vocalistas estavam com casacos brancos que não combinavam nada com a temperatura, mas totalmente com o som da dupla, cheio de sintetizadores.
Lição: "You can't stop desire", como diz um dos sucessos da dupla ("Stop Desire"). O synthpop das simpáticas canadenses é muito mais inofensivo do que seu ativismo político sugere, mas nada que incomode as inúmeras meninas com balõezinhos vermelhos em formato de coração na plateia.
Resumo: em sua primeira apresentação no Brasil, as gêmeas canadenses Tegan e Sara, 36, mostraram um show animadinho, com seu pop ancorado em sintetizadores – havia quatro teclados no palco, além de uma bateria e um baixo. Abertamente gays e ativistas da causa LGBTQ, atraíram um público majoritariamente feminino, incluindo vários casais de meninas. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)Amanda Nogueira/Folhapress Maria Gabriela, 21, estudante, de Brasília, veio ao Lolla pela primeira vez para ver Metallica. Um stand de bebidas no Lolla Lounge oferece tatuagens temporárias, mais um resquício do carnaval, além do glitter. "Não planejei fazer, mas me ofereceram", disse a garota