AO VIVO
Depois de 314 dias de processo, Câmara cassa Eduardo Cunha
Terminou às 23h50 dessa segunda (12) um processo que se arrastava desde 3 de novembro de 2015, há 314 dias.
Com 450 votos favoráveis, a Câmara dos Deputados decidiu cassar o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em consequência da decisão, o peemedebista fica inelegível até 2027.
Acusado de mentir para a CPI da Petrobras quando afirmou que não tinha qualquer tipo de conta no exterior, Cunha teve apenas 10 votos em sua defesa, mais nove abstenções.
Ele perde o mandato 12 dias depois do impeachment de Dilma Rousseff. O peemedebista diz que o papel que cumpriu no afastamento da presidente motivou a decisão da Câmara.
Apenas dois deputados pronunciaram-se em defesa de Cunha durante a sessão: Carlos Marun (PMDB-MS) e Delegado Edson Moreira (PR-MG).
acompanhe
Sessão reaberta
O presidente da Câmara Rodrigo Maia (PMDB-RJ), reiniciou a sessão. No painel, 357 parlamentares já tinham marcado presença.
Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, fala agora por até 25 minutos.
Maia defende suspensão da sessão
Antes de entrar no plenário da Câmara para reabrir a sessão, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar que o quorum desta segunda-feira (12) fique entre 420 e 450 parlamentares. Ele defendeu, ainda, a decisão de suspender a reunião.
"As pessoas têm que entender que a palavra de cada um de nós é muito importante. Estou há um mês dizendo que a gente ia começar um processo que batesse 400 deputados, para começar com 420, que é o número que eu acho que vai dar, 420 a 450 hoje", disse.
Fora do plenário
Manifestantes começam a chegar ao gramado em frente ao Congresso e gritam "fora Cunha".
Sessão suspensa não beneficiou Cunha, diz líder do DEM
O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), afirmou que a sessão deve ser retomada em instantes e negou que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estivesse beneficiando Eduardo Cunha ao suspender a sessão.
Só tem essa impressão, segundo ele, quem "quer encontrar chifre em cabeça de cavalo e pêlo em ovo".
Entenda como será o rito da sessão
A sessão extraordinária que ocorre na Câmara nesta segunda (12) será dividida em duas partes: a discussão e a votação.
A fase de discussão se iniciará com a fala do deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo no Conselho de Ética da Casa. Ele poderá falar por até 25 minutos.
Depois, advogados de Eduardo Cunha terão 25 minutos para se pronunciar, assim como o deputado afastado, caso escolha discursar.
Além deles, parlamentares inscritos para falar no início da sessão terão cinco minutos para se posicionar. Há, no entanto, a possibilidade dessa fase ser abreviada após dois deputados favoráveis e dois contrários a Cunha falarem, caso um pedido seja aprovado no plenário.
Encerrada a fase de discussão, se inicia a votação, que será aberta e pelo painel eletrônico. São necessários 257 votos para que Eduardo Cunha seja cassado.
No plenário, deputados gritam 'Fora, Cunha'
Depois de Rodrigo Maia (DEM-RJ) suspender a sessão por uma hora, deputados contrários a Cunha reuniram-se e começaram a gritar "Fora, Cunha" e "reabre", pedindo pelo reinício da sessão.
Imprensa aguarda por Eduardo Cunha
Na chapelaria, principal entrada do congresso, a movimentação é intensa. Deputados chegam a todo momento.
Há aglomeração da imprensa a espera de Cunha que, até o momento, não saiu de casa.
Sessão suspensa por uma hora
Mesmo com as reclamações dos deputados federais, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidiu manter o painel zerado e suspender a sessão por uma hora para que os deputados registrem presença.
"Quando há mais de 30 dias eu disse que votaria com quorum qualificado, todos neste plenário concordaram", afirmou Maia. "Essa sessão vai começar com quorum adequado, e por este motivo eu suspendo a sessão por uma hora."
Na Câmara, quando nenhum deputado pede que o painel seja zerado, a praxe é manter o quorum da sessão anterior.
Bate-boca por causa do painel zerado
Parlamentares contrários a Eduardo Cunha reclamaram após o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) zerar o painel no início da sessão e anunciar que suspenderia a sessão por uma hora para que o quorum mínimo seja atingido.
Com isso, deputados têm que registrar novamente presença.
Um dos críticos foi Afonso Florence (PT-BA). "O registro é de que há 334 parlamentares na Casa", afirmou, após dizer que "nenhum parlamentar pediu para que a sessão fosse suspensa".
"O apelo que faço é que não suspendamos a sessão e continuemos o trabalho", disse Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Sessão aberta
A sessão extraordinária na Câmara dos Deputados foi aberta pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O placar indicava a presença de 326 deputados na Câmara, mas foi zerado há pouco. Deputados começam novamente a registrar a presença