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Rodrigo Maia, do DEM, é o novo presidente da Câmara; acompanhe
Os deputados escolheram Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o novo presidente da Câmara dos Deputados. Ele cumprirá um "mandato-tampão", motivado pela renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Casa na semana passada.
O deputado do DEM irá presidir a Casa apenas até fevereiro de 2017, quando um novo presidente será escolhido para o mandato de dois anos.
Maia derrotou Rogério Rosso (PSD-DF) por 285 votos contra 170, no segundo turno da votação.
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Rogério Rosso, que é um dos favoritos, inicia o discurso fazendo um agradecimento geral, que vai dos jornalistas aos deputados de todos os partidos. Para ele, o momento que a Câmara passa é atípico, mas também é época de se trabalhar com afinco e honestamente
"A partir de agora, começa uma guerra na Câmara dos deputados. É obrigação de quem sentar na cadeira representar o povo brasileiro. Todos nós temos nossas cidades ou Estados, mas temos uma coisa em comum: todos estamos em Brasília e aqui, desde cedo, aprendemos a respeitar o Congresso"
Rogério Rosso (PSD-DF) faz um discurso apoiado na integração das bancadas da Câmara. Ele afirma que irá garantir a estabilidade do governo e diz que, quem assumir a presidência, tem a obrigação de votar os projetos de interesse do país
"Peço um voto de confiança de todos vocês. Repito: em uma eleição como essa, ela precisa ter um significado, que deve ser de mudança, de renovação". Rosso também afirmou que, qualquer que seja a vitória, terá o apoio e respeito da bancada do PSD
O décimo segundo deputado a discursar é Gilberto Nascimento, do PSC-SP.
Quando Rosso começou a falar a postura foi diferente. "Vamos ouvir, vamos ouvir", disseram deputados que estão na liderança do DEM
"O atual governo precisa trabalhar em uma agenda voltada ao desenvolvimento do país e ao crescimento econômico", afirma Nascimento. "Coloquei meu nome a disposição para essa missão solene de buscar a pacificação e a conciliação nesse momento que o Brasil atravessa".
Gilberto Nascimento ressalta a importância do diálogo entre os vários setores da Câmara. "Não podemos trabalhar na base da pressão dos interesses que, mesmo que sejam legítimos, contribuem para a pulverização dessa casa", diz.
"Minha vida pública, como político e como evangelista na minha igreja, sempre se pautou no diálogo, por entender que não há outro caminho possível", afirma Nascimento.
"O Brasil já não aguenta mais a Câmara de um lado e o governo de outro", diz Gilberto Nascimento. "Infelizmente tivemos, nos últimos anos, um descompasso muito grande entre o Executivo e o Legislativo", afirma.