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Eduardo Cunha se defende no Conselho de Ética da Câmara
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados analisou nesta quinta-feira (19), o processo de cassação contra o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado de seu mandato pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Cunha é acusado de ter mentido na CPI da Petrobras, quando negou ter contas fora do país. O relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), também irá incluir em seu parecer a acusação de recebimento de propina desviada da estatal.
A ida ao Conselho nesta quinta marcará a volta de Cunha ao Congresso pela primeira vez desde que foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal no último dia 5. A sessão deverá também marcar o encerramento da instrução do processo. O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) agora tem dez dias para apresentar seu relatório, que deve ser pela cassação. O advogado de Cunha, Marcelo Nobre, tem 5 dias para apresentar a defesa.
A expectativa do Conselho é a de que o caso de Cunha seja votado no plenário da Câmara em meados de junho, mas o peemedebista deve recorrer à Comissão de Constituição e Justiça, para tentar anular o processo, o que pode alterar esse cronograma.
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Sandro Alex (PSD-PR) diz que o que está sendo avaliado é a existência de recursos no exterior e a origem desse direito. "Nós estamos nos tornando pós graduados em trust. O trust não tem dono, é uma benção", ironiza o deputado.
Sandro Alex (PSD-PR) pergunta se Cunha não gostaria retificar a informação, dada por ele na CPI da Petrobrás, de que não possuia contas no exterior.
Sandro Alex (PSD-PR) pergunta sobre os depósitos feitos pelo empresário João Henriques na conta 'orion'. Cita diversos órgãos que se posicionaram sobre o caso de Cunha, como o Banco Central, STF, ministério público da Suíça. Alex pergunta se todos esses órgãos estariam errados ou agindo de má fé.
Eduardo Cunha diz que "mantém na íntegra" todas as declarações que deu à CPI da Petrobrás no ano passado.
Cunha diz que por ora não pode ser considerado réu, porque ainda não foram votados os embargos.
"Como cristão que sou, sei que estamos dependentes das bençãos e da graça de Deus", responde Cunha. Diz que trust não é bênção, mas sim algo usual. "Bênção pode ser a boa gestão desse patrimônio."
Wladimir Costa (SD-PA), agora com a palavra, agradece a Cunha por comparecer pessoalmente ao Conselho.
O deputado Wladimir Costa (SD-PA) diz que Cunha sofre "bullying" após ter liderado o processo de impeachment.
Wladimir Costa (SD-PA) acusa os colegas deputados de não terem conhecimento sobre o funcionamento dos trusts. Diz que tentaram "jogar cascas de banana" para Cunha.
O deputado Wladimir Costa (SD-PA) disse que até agora não está comprovado se Cunha mentiu em suas declarações, sobre a existência de contas no exterior.