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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Polícia Rodoviária conta 231 ônibus rumo a protestos em Brasília
GOIÂNIA - A Polícia Rodoviária Federal de Goiás contabilizou 231 ônibus com manifestantes de diversas regiões do país que passaram por rodovias que cortam o Estado rumo a Brasília entre a noite de sábado (16) e o início da manhã deste domingo (17).
Eles acompanharão a votação sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, cuja sessão está marcada para começar às 14h.
Desse total, 84 foram registrados na BR-060, em Goiânia, com destino a Brasília.
O número, no entanto, ainda deve crescer bastante. Neste domingo, 20 ônibus levaram manifestantes de Goiânia contrários ao impeachment à capital federal, segundo Ângela Cristina Ferreira, uma das coordenadores da FBP (Frente Brasil Popular).
Já segundo o coordenador do Vem Pra Rua Marco Aurélio Lemes, outros dez ônibus de manifestantes favoráveis ao impeachment foram para Brasília neste domingo.
Leitor/Folhapress Pichação em frente ao escritório do vice-presidente Michel Temer em Brasília o chama de golpista Silvia Izquierdo/Associated Press Manifestação contra o impeachment na praia de Copacabana, no Rio Manifestação contra o impeachment no Rio chega ao Leme
RIO - A Frente Brasil Popular estima público em 50 mil em protesto contra impeachment na praia de Copacabana, zona sul do Rio. A PM não estima público.
O protesto foi convocado pela Furacão 2000, principal produtora de bailes funk da cidade.
A marcha se encontrava, às 12h33, no Leme, bairro que é uma continuação de Copacabana.
O ato parou em frente a um prédio supostamente de um familiar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e protestou contra o deputado.
Os manifestantes, usando vermelho, ocupavam as duas pistas da Avenida Atlântica numa extensão de pouco mais de dois quarteirões.
A manifestação está prevista para terminar no Posto 1 da praia, por volta das 13h.Cidades paulistas reúnem manifestantes pró-impeachment nas ruas
INTERIOR DE SP - Municípios do interior já registram manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17).
Os atos ocorrem em São José dos Campos, Piracicaba e São Carlos.
A concentração maior, porém, deve ser registrada no período da tarde, com a transmissão voto a voto dos 513 deputados.
Em Campinas, três telões foram instalados na avenida Norte-Sul para que manifestantes a favor do impeachment possam acompanhar a votação.
Já em Ribeirão Preto, haverá um telão no cruzamento da avenida Nove de Julho com a rua Marechal Deodoro para acompanhar a sessão, a partir das 14h.
Voto decisivo para impeachment pode ser dado em intervalo de 36 deputados
Leia a reportagem.
Manifestações em São Paulo
Está na capital paulista? Confira os locais das manifestações
Editoria de Arte/Folhapress Manifestações deste domingo (17), em São Paulo Em protesto no Pará, grupo pede prisão do ex-presidente Lula
BELÉM - Manifestantes a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff concentraram-se nesta manhã na praça da República.
Segundo os organizadores, o ato reuniu 1.500 pessoas. Já para a Polícia Militar, foram 350.
Vestidos em sua maioria com as cores verde e amarelo, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra Dilma e o PT e pediram a prisão do ex-presidente Lula.
O grupo também fez caminhada ao redor da praça, acompanhado de um carro de som.
Bruno Villas Bôas/Folhapress O turista sul-africano Deez Dayanand, 45, que participou do protesto em Copacabana Protesto em ritmo de funk atrai os turistas na praia de Copacabana
RIO - O turista sul-africano Deez Dayanand, 45, não sabia nada sobre impeachment, mas se esbaldou ao som do funk da equipe de som Furacão 2000 no protesto na manhã deste domingo (17) na praia de Copacabana, no Rio.
Locutor de corridas de cavalo de uma TV da África da Sul, Dayanand ficou surpreso ao saber que se tratava de um protesto.
"Eles estão se manifestando a favor do governo? Eles não parecem irritados, o clima é bem positivo. Boa vibe", disse o turista, que veio passar uma semana no Rio com a mulher, a cunhada e a sogra.
Ao tomar conhecimento que o protesto ao som de funk era contra o processo de impeachment em andamento no país, o turista ressaltou que isso não atrapalha em nada seu passeio pela cidade.
"Fico feliz até de presenciar um momento histórico", disse ele.
A poucos quarteirões dali, turistas acompanhavam da sacada do Copacabana Palace a passagem do carro de som, rumo ao Posto 1 da orla, onde a manifestação está prevista para se encerrar às 13h. O hotel fez um cerco de grade para evitar confusão.
Também hospedados em Copacabana, o casal Carlos e Dália Lima, de Natal, tiravam fotos da manifestação diante do hotel em que estavam hospedados.
Engenheiro civil, Lima disse ser contra a saída da presidente, mas classificou o processo de impeachment como inevitável. "Ela perdeu apoio popular. Sou contra, na verdade, à forma como ela vai sair. Talvez um dia, no futuro, se chegue à conclusão que realmente foi um golpe", disse ele.
Waldir Maranhão (PP-MA) publicou no Facebook sua posição contrária ao impeachment
Dilma terá 12 votos do PP, diz vice-líder do governo
O vice-líder do governo, Silvio Costa (PTdoB-PE), disse que o governo terá 12 votos do PP contra o impeachment. Ele afirma que se reuniu com os deputados pela manhã, na casa do vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).
Costa chegou há pouco para visitar Dilma no Palácio da Alvorada.
Guimarães (PT-CE) disse que Dudu da Fonte e Waldir Maranhão, ambos do PP, "desmentiram" que vão apoiar o impeachment.
Pauderney Avelino (DEM-AM) reconhece que posição de Maranhão é "nebulosa" e que seu nome não consta dos votos pró-impeachment.