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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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Investigação sem citar PSDB seria 'uma farsa', diz Lula em grampo.
SÃO PAULO - Mais pessoas começam a chegar à avenida Paulista de metrô, com bandeiras e camisetas verde e amarelo, para protestar.
SÃO PAULO - Em despacho publicado às 16h21 desta quarta-feira (16), o juiz Sergio Moro afirma que "não há defesa de intimidade" que justifique a manutenção de segredo sobre provas relacionadas a crimes contra a administração pública. Moro afirma ter suspendido o sigilo das interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como forma de propiciar "ampla" publicidade. "O levantamento [do sigilo] propiciará assim não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da administração pública e da própria Justiça criminal."
SÃO PAULO - Muitas das pessoas disseram ter vindo depois de ver a divulgação das conversas entre Lula e Dilma. É o caso do militar Francisco Rezende, 50, e da mulher dele, Ana Letícia Ferreira, 39. Com bandeiras nas costas, eles pediam a renúncia de Dilma em frente à Fiesp.
"Causa muita indignação. Nunca vi um estado com tantas quadrilhas dentro dos poderes. A Polícia Federal está se mostrando a instituição mais forte do país, mais até do que as forças armadas", disse Rezende, elogiando a PF.SÃO PAULO - "Vamos resgatar o espírito de 2013. Não vai ter golpe, vai ter Justiça. Viva Sérgio Moro, fora PT", disse o industrial Renato Tamaio, 49, do Movimento Pátria Amada. Ele instalou um alto-falante sobre um orelhão em frente à Fiesp, na Paulista. Fogos de artifício são vistos na avenida.
SÃO PAULO - Em outro grampo telefônico revelado pela Justiça Federal nesta quarta-feira (16), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que as investigações da Lava Jato serão "uma farsa, uma mentira" se a delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez Elton Negrão de Azevedo e Otávio Marques de Azevedo não citarem o PSDB nem o senador tucano Aécio Neves. A frase foi dita em conversa de Lula com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
MANAUS - Manifestantes interrompem o trânsito na avenida Djalma Batista, na área nobre da capital. Eles usam camisetas verde e amarela. Apesar do trânsito, vários motoristas buzinam em sinal de apoio.
A presidente Dilma Rousseff repudiou com veemência a distribuição pela Justiça Federal em Curitiba de conversa entre a petista e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, a iniciativa é uma "afronta aos direitos e garantias" da Presidência da República.Em nota pública, o Palácio do Planalto informou que medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas.
SÃO PAULO - Manifestantes soltam fogos dentro da quadra ao lado do instituto. O efeito sonoro é de explosão
BRASÍLIA - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou em nota que a conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa a "falência definitiva de um governo que ultrapassou todos os limites éticos e morais para defender os seus aliados". "A presidente Dilma não tem mais condições de governar o Brasil", disse Aécio.