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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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Manifestantes cantam o hino nacional em frente ao prédio da Fiesp, na avenida Paulista
SÃO PAULO - Manifestantes cantam o hino nacional em frente ao prédio da Fiesp, na avenida Paulista; PM contabiliza cerca de 5.000 pessoas no local
SÃO PAULO - Evento organizado por intelectuais de esquerda contrários à condução coercitiva de Lula no último dia 4 acontece no TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), da PUC (Pontifícia Universidade Católica).
(Foto: Jorge Araújo/Folhapress)
INTERIOR DE SP - Protestos também foram registrados no interior paulista. Em Campinas, houve panelaço na região central da cidade, semelhante às manifestações anteriores . O movimento Vem Pra Rua convocou um ato agora à noite no Largo do Rosário, no centro da cidade. Segundo a Guarda Municipal, cerca de 50 pessoas estão no local. Em Ribeirão Preto, motoristas fizeram buzinaços em algumas das principais avenidas da zona sul, região de classe média da cidade
CAMPO GRANDE - Cerca de 250 manifestantes estão em frente ao Ministério Público Federal, em protesto contra a nomeação de Lula no ministério da Casa. Aos gritos de "Fora Dilma" e "Vem para rua", eles bloquearam parte da avenida Afonso Pena com carros e, por enquanto, a polícia não foi ao local para controlar o trânsito. O protesto é pacífico.
MACEIÓ - Centenas de pessoas se concentram em frente ao apartamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), na orla da Ponta Verde. Com cartazes e bandeiras, protestam contra a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil e pedem a renúncia de Dilma.
SÃO BERNARDO DO CAMPO - Movimentação em frente à casa do ex-presidente Lula.
Foto: Folhapress
SÃO PAULO - Cresce o número de manifestantes na avenida Paulista. As pessoas chegam tanto do sentido Consolação quanto do sentido Paraíso.
Manifestações contra o governo Dilma ocorrem agora em ao menos 11 capitais do país. Além de Rio e de São Paulo, moradores de Brasília, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Manaus e Florianópolis também saíram às ruas para protestar contra a presidente Dilma e a nomeação do ex-presidente Lula para seu ministério. Em várias cidades ocorreram panelaços no momento em que a presidente apareceu no "Jornal Nacional", da TV Globo. Em Porto Alegre, alguns manifestantes soltaram rojões.
BRASÍLIA - Manifestantes contra o governo da presidente Dilma Rousseff protestam em frente ao Palácio do Planalto nesta quarta
(Foto: Andressa Anholete/FramePhoto/Folhapress)
SÃO PAULO - Em despacho publicado na tarde desta quarta-feira (16), o juiz Sergio Moro afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "já sabia ou pelo menos desconfiava de que estaria sendo interceptado pela Polícia Federal, comprometendo a espontaneidade e a credibilidade de diversos diálogos." Moro diz ainda que os diálogos sugerem que ele tinha conhecimento antecipado das buscas que seriam feita no dia 4 de março e refuta a suspeita do telefone da presidente Dilma Rousseff ter sido grampeado. "Apesar de existirem diálogos do ex-presidente com autoridades com foro privilegiado, somente o terminal utilizado pelo ex-presidente foi interceptado e jamais os das autoridades com foro privilegiado, colhidos fortuitamente." O juiz diz ainda que o telefone de Lula não foi interceptado, mas sim o de um assessor do qual fazia uso frequente.