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Acompanhe em tempo real a cobertura da crise política no governo Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse nesta quinta-feira (17) do cargo de ministro da Casa Civil, horas após o juiz federal Sergio Moro liberar no inquérito da Operação Lava Jato um grampo telefônico que sugere uma ação da presidente Dilma Rousseff para evitar uma eventual prisão do petista.
Uma decisão da Justiça Federal de Brasília determinou, porém, a suspensão do ato de nomeação. Na decisão, o juiz Itagiba Catta Preta Neto afirma que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, já informou que o governo federal irá recorrer.
A divulgação dessa gravação e a entrada de Lula no governo motivam protestos pelo país desde a noite de quarta. Em São Paulo, a avenida Paulista amanheceu bloqueada por manifestantes.
Acompanhe em tempo real os desdobramentos da crise política do governo Dilma. A Folha fez um resumo dos acontecimentos desta quinta.
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CURITIBA - Sede da operação Lava Jato em primeira instância, o buzinaço de carros em Curitiba começou por volta das 20h no bairro Centro Cívico. A intensidade do protesto aumentou meia hora depois, somado a panelaços e gritos de "Fora, Dilma". Até as 21h50, ainda havia buzinaço.
p(tagline) BRASÍLIA - Palacio do Planalto é iluminado durante o protesto | Reprodução/GloboNews
BRASÍLIA - Carros de som estacionados na praça dos Três Poderes chamam todos os manifestantes para seguirem para a entrada do Congresso Nacional.
PORTO ALEGRE - Manifestantes marcham pela avenida Goethe, ao lado do Parcão (Parque Moinhos de Vento), e a Brigada Militar, a Polícia Militar gaúcha, calcula que o protesto reúne cerca de 1.800 pessoas. Não há panelaço ou buzinaço em bairros mais pobres como Vila Jardim e Bom Jesus.
CURITIBA - Sede da Operação Lava Jato em primeira instância, o buzinaço de carros começou por volta das 20h no bairro Centro Cívico, onde fica a sede do governo do Paraná.
A intensidade do protesto aumentou meia hora depois, somado a panelaços e gritos de "Fora, Dilma". Até as 21h35, carros e motos ainda faziam barulho forte pelas ruas.O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na noite desta quarta-feira (16) que a condição de governabilidade de Dilma Rousseff piora a cada dia e tende a piorar mais com a entrada do ex-presidente Lula na Esplanada.
SÃO PAULO - Muitas pessoas pegam o metrô e continuam a ir para a avenida Paulista. A aposentada Eumira Rodrigues, 82, saiu de Santana para protestar pelo impeachment. "Vim porque eu quero um Brasil melhor para os meus 14 netos", disse.
Foto: Artur Rodrigues/Folhapress
Manifestações contra o governo Dilma ocorrem agora em ao menos 13 capitais do país. Além de Rio e de São Paulo, moradores de Brasília, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Manaus, Florianópolis, Maceió e Campo Grande também saíram às ruas para protestar contra a presidente Dilma e a nomeação do ex-presidente Lula para seu ministério.
RIO DE JANEIRO: Cerca de 60 manifestantes se reúnem no posto 5 da praia de Copacabana. Eles cantam "Lula acabou, o Moro te grampeou", "1, 2, 3 Lula e Dilma no xadrez". Também gritam "renuncia".
Foto: Lucas Vettorazzo/Folhapress