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Acompanhe a crise política no governo Dilma após divulgação de áudio
O juiz federal Sergio Moro, que comanda a operação Lava Jato, incluiu no inquérito que tramita em Curitiba uma conversa telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela diz que encaminhará a ele o "termo de posse" de ministro.
Dilma está no Alvorada e discute com equipe jurídica o que fazer. Um assessor direto da petista disse, reservadamente, que o país está vivendo "um Estado policial". Já o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, acusou Moro de estimular uma "convulsão social".
Na gravação divulgada nesta quarta-feira (16), a presidente diz a Lula que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade".
Os investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula. Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão. O juiz Moro não pode mandar prender ministros porque eles detêm foro privilegiado –Dilma nomeou Lula como novo ministro da Casa Civil nesta quarta.
Abaixo, é possível ouvir o áudio completo das gravações de ligações do ex-presidente Lula divulgadas pela PF nesta quarta:
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CURITIBA - Sede da Operação Lava Jato em primeira instância, o buzinaço de carros começou por volta das 20h no bairro Centro Cívico, onde fica a sede do governo do Paraná.
A intensidade do protesto aumentou meia hora depois, somado a panelaços e gritos de "Fora, Dilma". Até as 21h35, carros e motos ainda faziam barulho forte pelas ruas.O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na noite desta quarta-feira (16) que a condição de governabilidade de Dilma Rousseff piora a cada dia e tende a piorar mais com a entrada do ex-presidente Lula na Esplanada.
SÃO PAULO - Muitas pessoas pegam o metrô e continuam a ir para a avenida Paulista. A aposentada Eumira Rodrigues, 82, saiu de Santana para protestar pelo impeachment. "Vim porque eu quero um Brasil melhor para os meus 14 netos", disse.
Foto: Artur Rodrigues/Folhapress
Manifestações contra o governo Dilma ocorrem agora em ao menos 13 capitais do país. Além de Rio e de São Paulo, moradores de Brasília, Vitória, Goiânia, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Manaus, Florianópolis, Maceió e Campo Grande também saíram às ruas para protestar contra a presidente Dilma e a nomeação do ex-presidente Lula para seu ministério.
RIO DE JANEIRO: Cerca de 60 manifestantes se reúnem no posto 5 da praia de Copacabana. Eles cantam "Lula acabou, o Moro te grampeou", "1, 2, 3 Lula e Dilma no xadrez". Também gritam "renuncia".
Foto: Lucas Vettorazzo/Folhapress
Manifestantes cantam o hino nacional em frente ao prédio da Fiesp, na avenida Paulista
SÃO PAULO - Manifestantes cantam o hino nacional em frente ao prédio da Fiesp, na avenida Paulista; PM contabiliza cerca de 5.000 pessoas no local
SÃO PAULO - Evento organizado por intelectuais de esquerda contrários à condução coercitiva de Lula no último dia 4 acontece no TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), da PUC (Pontifícia Universidade Católica).
(Foto: Jorge Araújo/Folhapress)
INTERIOR DE SP - Protestos também foram registrados no interior paulista. Em Campinas, houve panelaço na região central da cidade, semelhante às manifestações anteriores . O movimento Vem Pra Rua convocou um ato agora à noite no Largo do Rosário, no centro da cidade. Segundo a Guarda Municipal, cerca de 50 pessoas estão no local. Em Ribeirão Preto, motoristas fizeram buzinaços em algumas das principais avenidas da zona sul, região de classe média da cidade
CAMPO GRANDE - Cerca de 250 manifestantes estão em frente ao Ministério Público Federal, em protesto contra a nomeação de Lula no ministério da Casa. Aos gritos de "Fora Dilma" e "Vem para rua", eles bloquearam parte da avenida Afonso Pena com carros e, por enquanto, a polícia não foi ao local para controlar o trânsito. O protesto é pacífico.