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Dos 67 papéis do Ibovespa, 63 caíram nesta sessão. As quatro altas foram registradas pelas ações ordinárias da Eletrobras (+1,28%), Energias do Brasil (+0,96%), Cosan (+0,85%) e Fibria (+0,03%).
As ações da Petrobras recuaram, mesmo em um dia de alta do petróleo. Os papéis preferenciais recuaram 5,26%, para R$ 25,95. As ações com direito a voto caíram 4,49%, para R$ 30,21.
"A Petrobras estava subprecificada para a nova realidade da companhia de petróleo e também de câmbio. Ela tem expectativa de gatilhos de curto prazo, como a cessão onerosa", diz Adeodato Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial.
O Banco Central manteve suas atuações no mercado de câmbio e vendeu 5.000 contratos novos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Até agora, já colocou US$ 1 bilhão desses contratos novos no mercado.
O BC também vendeu a oferta de 4.225 contratos de swaps tradicionais com vencimento em junho. Até agora, já rolou US$ 3,96 bilhões dos US$ 5,650 bilhões que vencem no próximo mês.
O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) também espelhou o aumento da percepção de risco-país. O indicador subiu 2,89%, a 194,1 pontos.
No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados corrigiram as taxas após o BC manter a Selic. O DI com vencimento em julho de 2018 subiu de 6,224% para 6,410%. O DI para janeiro de 2019 avançou de 6,320% para 6,585%.
O diferencial de juros entre os títulos brasileiro e americano também influenciou o BC. O aumento do rendimento dos papéis da dívida dos EUA torna esses ativos, mais seguros, mais atrativos para o investidor do que títulos de emergentes como o Brasil, mais arriscados.
Para José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, o BC sinalizou atuações divergentes. "O Ilan [Goldfajn, presidente do BC] foi à TV e o mercado entendeu que o regime é de metas de inflação, e não de metas de câmbio", destaca, em nota.
"O que aprendemos com a atual diretoria do BC é que eles avaliaram que há níveis de alta do dólar que terão efeitos sobre a inflação de modo inequívoco, dentro do horizonte relevante para a política monetária", complementou.
A alta do petróleo nesta sessão também contribuiu para a valorização do dólar, por causa do temor de que esse aumento possa pressionar a inflação nos Estados Unidos e levar o banco central americano a acelerar o processo de elevação de juros no país.
Nesta quinta, o petróleo bateu US$ 80 pela primeira vez desde novembro de 2014, pela perspectiva de menor fornecimento da Venezuela e do Irã.
A turbulência externa foi também um dos motivos apontados pelo Banco Central para manter os juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que terminou nesta quarta-feira.
"O Copom olhou o balanço de risco interno e externo, pesou mais esse aumento do balanço, e manteve as taxas de juros, de uma forma acertada", diz. "Olhando só para o lado macroeconômico, haveria justificativa para manter um corte de 0,25 ponto percentual. Mas, olhando a normalização da política americana, ele deu um peso muito maior a esses efeitos sobre o Brasil."
No mundo, o dólar subiu ante 25 das 31 principais moedas globais.
A alta teve como origem um novo aumento dos rendimentos dos títulos de dívida americana, que agora bateram 3,119%, o maior patamar desde junho de 2011.
Os papéis continuam reagindo a dados fortes divulgados recentemente e que apontam para o fortalecimento da economia americana. Esse é um dos principais fatores apontados por analistas para a valorização do dólar não só em relação ao real, mas ante moedas de outros emergentes e até de economias desenvolvidas.
"O câmbio está seguindo o cenário externo, onde vemos uma forte desvalorização das moedas emergentes em relação ao dólar. Brasil acompanha, com uma variação um pouco menor, o que acontece no cenário global", afirma Ricardo ​Braga, executivo responsável pela área de investimento do banco Andbank.
Um dia após o Banco Central manter a taxa de juros em 6,5% ao ano por causa das turbulências internacionais, o exterior voltou a provocar instabilidade no mercado brasileiro.
A alta dos rendimentos de títulos americanos pressionou o dólar, que subiu para R$ 3,70 nesta quinta-feira (17), no quinto dia de valorização. Já a Bolsa brasileira teve a maior queda diária em um ano afetada por uma venda generalizada de ativos.
O dólar comercial subiu 0,62%, para R$ 3,700. É o maior nível desde 16 de março de 2016, quando terminou a R$ 3,739. O dólar à vista avançou 0,54%, também a R$ 3,700.
A Bolsa brasileira fechou em forte baixa de 3,37%, para 83.621 pontos. Foi a maior desvalorização diária desde 18 de maio de 2017, quando o Ibovespa recuou 8,8% sob impacto do vazamento da delação do empresário Joesley Batista, do grupo JBS
As ações da Petrobras fecharam em forte baixa nesta sessão.
Os papéis preferenciais da estatal recuaram 5,25%, para R$ 25,95. As ações com direito a voto perderam 4,48%, para R$ 30,21
Dólar sobe para R$ 3,70 com exterior e após o BC manter juros; Bolsa tem maior queda diária em 1 ano
O dólar comercial subiu 0,62%, para R$ 3,700. É o maior nível desde março de 2016. O dólar à vista, que fecha mais cedo, avançou 0,54%, para R$ 3,700.
No mundo, o dólar ganhou força ante 25 das 31 principais moedas.
A Bolsa brasileira recuou 3,04%, para 83.902 pontos, de acordo com dados preliminares. É a maior queda diária desde 18 de maio de 2017, um dia após o vazamento da notícia da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. O Ibovespa recuou 8,8% nesse pregão
A queda da Bolsa é puxada pela desvalorização dos papéis da Petrobras, que caem mais de 4% nesta sessão.
Os papéis mais negociados da estatal recuam 5,03%, para R$ 26,02. As ações ordinárias caem 4,29%, para R$ 30,27
A Bolsa brasileira se desvaloriza 3,01%, para 83.950 pontos
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Atualizado em 13/12/2024 | Fonte: CMA | ||
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