Cunha lê parecer favorável à abertura de impeachment contra Dilma

Após dar prosseguimento, nesta quarta-feira (2), ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) leu nesta quinta (3) seu parecer favorável à medida.

O rito já estava previsto. Mais cedo, também nesta quinta, o deputado federal Beto Mansur (PRB-SP) leu a íntegra do pedido, protocolado pelos juristas Miguel Reale e Hélio Bicudo.

A ação de Cunha é uma resposta à decisão dos deputados federais petistas de votar pelo prosseguimento da cassação de seu mandato. O deputado peemedebista é alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara. O órgão adiou nesta quarta a votação que irá decidir se o processo irá adiante ou será arquivado.

• 21h49  

  MINISTRO DO TRABALHO DIZ QUE IMPEACHMENT É UMA 'TENTATIVA DE GOLPE'
  Em nota oficial, Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e da Previdência Social, afirma que a deflagração do pedido de impeachment é "uma irresponsabilidade com o país e uma tentativa de golpe que será derrotada".
  
  Para o ministro, o ato é uma resposta do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que, "denunciado pelo Ministério Público e se sentindo encurralado, tenta, com a decisão, amplificar seu poder de chantagem".

• 21h52  

  CIRO GOMES: CUNHA É 'CHEFE DE QUADRILHA'
  O ex-ministro Ciro Gomes chamou, nesta quarta-feira (2), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de "chefe de quadrilha": "Não aceitaremos que um chefe de quadrilha processado na justiça por corrupção leve o País à ruptura democrática! Não aceitaremos golpe", publicou Ciro nas redes sociais. (CATIA SEABRA, de São Paulo)

• 21h57  

  Veja como funciona o processo de impeachment.

• 22h44  

  "DILMA RECEBEU COM PREOCUPAÇÃO", DIZ BERZOINI
  O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse nesta quarta-feira (2) que o momento político "exige firmeza" da presidente Dilma Rousseff e sua equipe.
  
  Berzoini rechaça ainda o argumento de petistas segundo os quais a instalação do processo de impeachment é melhor por permitir que o governo vá para o embate numa tentativa de encerrar a crise. Para Berzoini, o processo "é indesejável". "Ninguém deseja ter esse tema concorrendo com temas mais importantes, como crescimento econômico, crédito e agricultura".
  
  O ministro disse também que o processo "vai consumir parcelas de energia política no país". Berzoini admitiu que "pairavam no ar fortes rumores" de chantagem, "uma espada na cabeça" do governo, mesmo na votação de hoje no Congresso Nacional.
  
  Para ele, ficou evidente que esse foi um "revide" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a um decisão autônoma da bancada petista.
  
  "A condução [de Cunha] mancha de maneira irreversível o processo. Foi uma admissão vinculada às frustrações de Cunha".
  
  Berzoini disse que Dilma recebeu com preocupação a instalação do processo, por consumir energia política. "A vida é de luta. Sem luta, não há vitória", disse o ministro.

• 23h04  

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