O TCU (Tribunal de Contas da União) reprovou por unanimidade nesta quarta-feira (7) as contas da presidente Dilma Rousseff de 2014 por causa das chamadas pedaladas fiscais.
O desfecho pode ajudar a fundamentar um pedido de impeachment contra Dilma
Além disso, o tribunal também rejeitou as duas ações contra o relator do processo, ministro Augusto Nardes.
O governo havia acusado Nardes de parcialidade na condução da ação ao antecipar seu voto, pela reprovação das contas. Assim, o Planalto tentou suspender o julgamento até que a situação fosse resolvida.
Nesta quarta, o ministro do STF Luiz Fux rejeitou uma ação impetrada pelo governo para que a sessão do TCU fosse suspensa.
"O que o governo fez foi executar uma relação contratual em que havia cláusula expressa e que cláusula esta mesmo sendo examinada pelas auditorias nunca foi impugnada porque não existe meia operação de crédito", diz o advogado-geral da União sobre pedaladas.
Adams afirma que a gestão de Dilma Rousseff tirou duas milhões de famílias do Bolsa Família em ano eleitoral, o que mostra que o governo tentava acertar o Orçamento.
"Tema, que é técnico, infelizmente adquiriu caráter político. Essa confusão acaba prejudicando o resultado", diz Adams.
A decisão não pode ser usada para promover a defesa do impeachment, defende Adams ao encerrar sua defesa. Nesse momento, ele foi vaiado por presentes no tribunal
Adams encerra sua fala afirmando que "alguns não gostam de ouvir o que têm de ouvir".
Augusto Nardes começa a ler seu relatório sobre as contas de Dilma Rousseff.
Nardes diz que alertou Dilma pessoalmente, pois estava muito preocupado pela situação encontrada nas contas --R$ 2 trilhões em passivos não contabilizados
Nardes inicia a análise dos indícios de irregularidades nas contas de Dilma de 2014.
O ministro diz que as irregularidades foram apresentadas de forma "apartada" para facilitar o contraditório e a defesa. Entretanto, frisa que o parecer deve ser consolidado.