O MPL (Movimento Passe Livre) faz, na tarde desta terça-feira (20), um novo protesto contra o reajuste na tarifa dos transporte público que vigora desde o início do mês em São Paulo.
A tarifa de trens, metrô e ônibus subiu de R$ 3 para R$ 3,50.
O ato começou às 17h, na praça Sílvio Romero, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. Agora, caminha pela Radial Leste, sentido centro.
Essa é a terceira manifestação organizada pelo MPL neste ano. As outras duas terminaram em confronto com a Polícia Militar. Houve vandalismo praticado por adeptos da tática "black bloc", que prega depredação do patrimônio como forma de protesto. Dezenas foram presos e, em seguida, liberados.
Na última, na sexta-feira (16), a PM dispersou os manifestantes utilizando bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
O ato segue pela rua Barão de Itaqui, uma rua estreita. PM fecha todos os acessos à Radial Leste.
Poucos mascarados participam do protesto dessa vez. Passeata deve ir até a região do Belém. Para isso, terá que entrar na Radial Leste.
Passeata se concentra agora na rua Itapura.
De sunga, moradores de um condomínio do Tatuapé saem da piscina para assistir à passagem do ato do MPL.
Passeata está na rua Serra de Bragança.
Com o início da passeata, comerciantes do Tatuapé começam a baixar as portas dos estabelecimentos.
O trajeto da manifestação foi definido: rua Serra de Japi e, depois, Radial Leste, sentido centro. O ato terminará na região do Belém.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, há 400 pessoas no protesto de hoje --número bem menos que os últimos dois, que reuniram cerca de 5.000 pessoas cada.
Estudante do ensino médio, Heudes Cássio da Silva Oliveira, 17, é um dos porta-vozes do MPL. É o mais jovem entre as "figuras públicas", como são definidos pelo movimento os integrantes que falam com os jornalistas. Morador de Embu das Artes, ele milita no movimento na região do Campo Limpo. "Estou na militância desde os protestos de junho de 2013, quando eu tinha 15 anos", disse. Oliveira critica a atuação da polícia nos últimos protestos. "Vocês viram a quantidade de pessoas feridas por estilhaços de bomba", afirmou. Diante de uma concentração muito menos de pessoas, ele diz que isso não indica enfraquecimento do movimento. "Enquanto a tarifa existir o movimento vai estar de pé", disse Oliveira. Ele diz esperar cerca de 10 mil pessoas, a menor das três manifestações.
A maioria dos policiais militares se concentra próxima à estação Tatuapé, e não na praça Sílvio Romero, onde o ato está concentrado. A estação fica sobre a Radial Leste.