Após reunião com o superintendente regional do Trabalho em São Paulo, Luiz Antonio Medeiros, empresas e sindicalistas, motoristas de ônibus dissidentes fecharam um acordo para suspender a greve nesta quinta-feira e marcaram uma reunião pela manhã para retomar as negociações sobre reajuste salarial.
Apesar de o Ministério do Trabalho anunciar reunião com o prefeito Fernando Haddad (PT), a prefeitura informou que ainda não recebeu nenhum pedido de encontro. O prefeito já divulgou a agenda de quinta-feira com outros compromissos durante o período da manhã.
O secretário Jilmar Tatto afirmou que a prefeitura manterá a sua posição e não pretende retroagir na negociação com o sindicato. "E se há sabotadores, compete à polícia e ao Ministério Publico tomar a iniciativa. A cidade não pode ser refém de sabotadores".
No fim da noite de quarta, todos os terminais de ônibus que haviam sido bloqueados pelos grevistas já estavam reabertos, segundo a SPTrans.
Leia mais sobre o inquérito instaurado.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a eventual ocorrência de crime na manifestação promovida por motoristas de ônibus na cidade de São Paulo. Pelo segundo dia consecutivo, funcionários fecharam terminais e não deixaram que ônibus de cinco empresas saíssem das garagens na capital.
De acordo com nota enviada pela secretaria de Segurança Pública (SSP), a investigação é baseada no artigo 262, do Código Penal – expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento. Os líderes do Sindicato dos Motoristas de São Paulo foram intimados a prestar depoimento.
Segundo a SPTrans, neste momento, 12 terminais de ônibus estão fechados: Sacomã, Mercado, Parque Dom Pedro 2º, Capelinha, Lapa, Casa Verde, Pinheiros, Guarapiranga, Pirituba, João Dias, Santo Amaro e Aricanduva.
A av. Inajar de Souza foi liberada pelos manifestantes que ocupavam a via na altura da rua Bartolomeu do Canto, no sentido Freguesia do Ó.
A prefeitura e a CET estudam a possibilidade de anular multas de rodízio aplicadas nesta quarta-feira (21).
A SPUrbanuss estuda mecanismo legais para considerar o protesto ilegal. Além disso, a prefeitura poderá punir as empresas de transporte caso haja indicação de envolvimento delas no protesto, segundo Jilmar Tatto.
São ele: Sacomã, Mercado, Parque Dom Pedro 2º, Capelinha, Lapa, Casa Verde, Pinheiros, Guarapiranga, Pirituba, João Dias, Grajaú, Santo Amaro, Aricanduva, A.E.Carvalho.
A SPTrans (empresa responsável pelo transporte público na cidade) informou no começo da tarde desta quarta-feira que motoristas e cobradores de ônibus fecharam 14 dos 28 terminais da cidade.