Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
"O fluxo cambial ainda é nagativo e vamos continuar tendo mais compra de dólar do que venda. Além dos Estados Unidos, o cenário político interno é ruim. As incertezas todas com o governo fazem com que os investidores estrangeiros não se sintam confortáveis para investir aqui", diz Ítalo Santos, especialista em câmbio da Icap
"Depois de intervir no câmbio na semana passada, quando o dólar estava em R$ 2,28, nessa semana o BC ficou omisso, apenas assistindo o dólar subir. Essa ausência do BC abriu espaço para que o mercado testasse até quando a autoridade ficaria omissa. O movimento foi intensificado pela incerteza em relação ao corte no estímulo nos EUA, que tem pressionado também as demais moedas no exterior", diz Ítalo Santos, especialista em câmbio da Icap
"A alta do dólar reflete a má atuação do Banco Central na semana passada, quando a autoridade interveio no câmbio enquanto a moeda americana valia R$ 2,28. Com isso, o mercado entendeu que o BC iria estabelecer um novo teto para a moeda, estimulando uma venda maior no mercado para reduzir o preço. Mas, isso não aconteceu", diz Ítalo Santos, especialista em câmbio da Icap
"O mercado também continua apreensivo em relação aos nossos problemas internos. Mantemos pouco fluxo de entrada de dólares no país, com a balança comercial negativa. A inflação desacelerou, mas está alta, e o PIB não cresce", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora; "isso ajuda a pressionar a cotação do dólar", acrescenta
Dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, registra alta de 1,37% em relação ao real, cotado em R$ 2,344 na venda; dólar comercial, utilizado no comércio exterior, avança 0,81%, também a R$ 2,344; a moeda americana não atingia R$ 2,34 desde 10 de março de 2009
Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, anula perda vista pela manhã e sobe 0,19%, a 50.994 pontos
Apenas oito das 71 ações do Ibovespa registram alta: LLX (+9,93%), Rossi (+,348%), Petrobras PN (+3,30%), Petrobras ON (+3,1%), MRV (+2,6%), BRF (+1,58%), Ambev PN (+1,12%) e Gol (+1%)
"Para os próximos trimestres, estamos na expectativa das aprovações da ANP e do Cade referentes à negociação com a Petronas. Com a parceria autorizada, a OGX deve receber US$ 250 milhões e mais 40% dos gastos incorridos com o desenvolvimento do Campo de Tubarão Martelo desde 1º de maio. Nosso preço-alvo para os papéis da companhia está em revisão", diz Carolina Flesch, analista do BB Investimentos
Baixa do Ibovespa é influenciada pela desvalorização de 7,35% das ações da OGX, petroleira de Eike Batista, que divulgou ontem prejuízo de R$ 4,7 bilhões entre abril e junho, ante R$ 398,6 milhões há um ano
Incertezas sobre o início do corte no estímulo nos EUA ofuscam o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), indicador econômico do BC, que avançou 1,13% em junho, na comparação com o mês anterior; no segundo trimestre do ano, o avanço foi de 0,89%, segundo dados dessazonalizados (livres de influências típicas de certa época do ano)