Siga a movimentação do mercado financeiro, análises de especialistas e os principais destaques econômicos que podem influenciar seus investimentos
"Sabe aquela história de quando a esmola é demais o santo desconfia? É assim que vejo essa alta das ações da Petrobras. Pode até ser que o governo aprove a nova metodologia de preços da companhia, mas, pelo histórico que ele tem [de barrar os rejustes nos combustítveis para controlar a inflação], fará diversas ressalvas", diz Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos
"Não há milagre. Até agora, o governo barrou o aumento no preço dos combustíveis para manter a inflação no país dentro da meta. Não podemos achar que, de uma hora para outra, ele vai mudar de ideia e vai ver com bons olhos um reajuste da gasolina e do diesel", diz Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos
"[A nova metodologia de preços da Petrobras] é uma coisa que ainda será debatida entre conselheiros da empresa. Existe a possibilidade de haver mudanças no meio do caminho. Há muitos poréns para que uma empresa como a Petrobras suba 10% em um único dia. Essa reação das ações é, ao meu ver, exagerada", diz Carlos Müller, analista-chefe da Geral Investimentos
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,24%, para 18.829 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,81%, para 9.736 pontos; em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,76%, para 6.196 pontos
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,07%, a 6.725 pontos; em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,08%, para 8.978 pontos; em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,48%, para 4.251 pontos
Bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, com investidores evitando fazer grandes apostas antes da divulgação de dados econômicos dos Estados Unidos ainda nesta semana que podem fornecer sinais sobre quando o Federal Reserve, banco central do país, vai reduzir o programa de estímulos
Dólar à vista, referência no mercado financeiro, cai 0,15% em relação ao real, cotado em R$ 2,184 na venda; dólar comercial, usado no comércio exterior, cede 0,18%, a R$ 2,185
Ações da Suzano têm leve alta de 0,11%, a R$ 8,92, após a produtora de celulose ter informado um lucro de R$ 43 milhões no terceiro trimestre deste ano, abaixo do esperado pelo mercado; a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 503 milhões, melhor que o estimado por analistas; a empresa afirmou que a depreciação do real, com impacto na receita de exportações, o aumento do preço e do volume de celulose vendidos beneficiaram o Ebitda, e mais que compensaram o aumento do custo de madeira e de despesas com logística
"As ações da Petrobras estão em forte alta, seguramente pela perspectiva de aumento de preços [dos combustíveis]. Acreditamos que a razão da alta é justa, mas a intensidade parece exagerada, dado que não há ainda nenhuma ideia mais clara de como uma nova metodologia para os preços da gasolina e diesel será feita. Além disso, muito dificilmente a Petrobras será recompensada pelas perdas passadas. Atualmente, segundo nossos cálculos, o diferencial com o exterior não é mais tão alto, sendo de apenas 9% para o diesel e 4% na gasolina", diz o analista Luiz Caetano, da Planner Corretora
Ações mais negociadas da Petrobras disparam 6,92%, a R$ 19,77, e impulsionam o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que sobe 0,89%, a 54.639 pontos; papéis ordinários da estatal, com direito a voto, avançam 8,55%, a R$ 18,78; alta acontece depois de a Petrobras ter afirmado que sua nova metodologia de ajuste de preços está sendo elaborada com objetivo de dar maior previsibilidade à geração de caixa; a estratégia visa descolar o ajuste de preço das decisões econômicas do governo, maior acionista da empresa