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CPI da Petrobras: Ex-diretor Paulo Roberto Costa presta depoimento

Maior delator do esquema de corrupção na Petrobras, o ex-diretor Paulo Roberto Costa presta novo depoimento à CPI que investiga os crimes de corrupção na estatal.

Costa afirmou que a Petrobras sabia da existência de um cartel de empreiteiras atuando nos contratos da estatal, mas que nenhuma medida foi tomada para coibi-la.

Disse, ainda, que a defasagem no preço da gasolina é um problema muito maior para a Petrobras do que a Operação Lava Jato. Ele calculou que o "rombo" da Lava Jato é 10% do rombo provocado por essa defasagem, e disse que o governo "arrebentou" com a estatal.

"O governo segurou o preço do diesel, o preço da gasolina, e esses valores possivelmente deram rombo de R$ 60 bilhões", disse.

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  • 19h46  

    Questionado na CPI, Paulo Roberto Costa disse que nunca conversou sobre o esquema da estatal com o ex-presidente Lula com ou com a presidente Dilma Rousseff.

  • 19h50  

    Costa afirma que as investigações avançaram graças às suas contribuições. "Todo esse processo, ele está hoje onde está, devido à minha delação. Primeira delação quem fez fui eu, não me orgulho disso, não me orgulho de ser delator, mas a Lava Jato hoje está onde está porque eu iniciei. Repito, não me orgulho disso".

  • 19h58  

    Questionado pelo deputado Aluísio Mendes (PSDC-MA) se teria se arrependido caso não tivesse sido preso, Costa afirmou: "Talvez não. Talvez não".

    "Quando decidi fazer a delação foi uma decisão em conjunto da minha família comigo. Não foi uma decisão fácil, foi uma decisão extremamente difícil, foi pensando na minha família. Eu errei, não estou aqui dizendo que não errei, e tô arrependido, porque o preço que eu estou pagando é muito alto. Não vale a pena", disse.

  • 20h10  

    "As empresas também se interessaram por isso. Não tem empresa inocente", disse Paulo Roberto Costa.

  • 20h11  

    O ex-diretor da Petrobras disse que, em determinado momento, se indignou e passou a convidar outras empresas, que não participavam do cartel, para participar das licitações. "As empresas do cartel me falaram que eu ia quebrar a cara porque as empresas não iam dar conta de fazer o serviço", afirmou.

  • 20h32  

    Questionado se se sentia injustiçado por ter sido preso e não ter políticos presos até o momento, Costa respondeu: "Se nós queremos passar o Brasil a limpo é em todos os níveis. Espero que os maus políticos, que foram citados aqui e tiverem seu envolvimento, eles também tenham sua penalidade. Os maus políticos também têm que ser sua penalidade, eu assim espero".

  • 20h36  

    "Nunca achei que esse problema fosse institucionalizado [na Petrobras]. Esses problemas foram pontuais em algumas áreas, em algumas pessoas, mas jamais pode falar que era um processo institucionalizado, eu não concordo com isso", disse Costa.

  • 20h57  

    "Uma das maneiras de evitar [essa situação] é ter o projeto pronto [no momento da licitação] e reduzir aquela faixa do menos 20% e mais 20% [variação de preço aceitável pela Petrobras], talvez para menos 5, mais 5%. Houve erro da Petrobras em aceitar fazer licitações com o projeto ainda não concluído", disse Costa.

  • 21h01  

    Costa faz suas declarações finais no encerramento da sessão: "Tudo isso que hoje se sabe, que o juiz Sergio Moro sabe, que vossas excelências sabem, começou por mim. Quando eu falei pela primeira vez no Ministério Público, eles não tinham ideia do volume das coisas. O juiz Sérgio Moro não tinha ideia do volume que está acontecendo. E isso hoje é algo grandioso. Pra mim romper um sistema podre é esse sistema dos maus políticos, das empresas que errarram... Estamos com condições de melhorar o país. Estou dando aqui uma colaboração, não estou me eximindo da responsabilidade, mas estou dando uma colaboração pra que a gente tenha no futuro um país melhor do que temos hoje".

  • 21h16  

    Encerramos a nossa cobertura ao vivo do depoimento de Paulo Roberto Costa à CPI da Petrobras.

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