José Sérgio Gabrielli é ouvido na CPI da Petrobras no Senado

• 13h09  

  José Sérgio Gabrielli A escolha do engenheiro José Orlando para cargo de gerente da Petrobras foi correta, ele é qualificado. Ele é meu primo, ele está desde 1978 na estatal e eu cheguei em 2003. Então, eu comuniquei a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que havia nomeado para o cargo. Aliás, nomeado não porque a diretoria é quem indiciou e não eu diretamente.

• 13h05  

  O senador José Pimentel (PT-CE) faz nova rodada de perguntas a José Sérgio Gabrielli.

• 13h03  

  José Sérgio Gabrielli A Petrobras quando surge se internacionaliza para buscar petróleo para alimentar as nossas refinarias. A internacionalização da Petrobras foi essencial para a expansão da empresa. Ela vai para Argélia, Líbia, Oriente Médio entre outros para fornecer petróleo para o Brasil. A meta de entrada nos EUA como forma de encontrar fornecimento. Até chegar 2005, quando foi o momento para comprar a refinaria. Há ações denunciando que foram trocados ativos entre a Petrobras e a Repsol. O fato é que na Argentina tem um primeiro passo. A venda de São Lourença em 2010 era um dividendos mais rentáveis. Não tenho detalhes sobre as investigações. Troca de postos de postos de gasolina na Argentina e no Brasil, na troca de parcela na refinaria de Refap, instalada no RS, que foi vendida a Repsol em troca de ativos na Argentina. Hoje, a Refap foi reincorporada à Petrobras.

• 12h54  

  O senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI da Petrobras, realiza nova rodada de perguntas ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. Ele questiona se a compra da Repsol foi bom negócio para a Petrobras.

• 12h53  

  José Sérgio Gabrielli O pré-sal foi descoberto em 2006 e está produzindo mais de 407 mil barris/dia. Depois de 2002, o volume de investimento mais que duplicou. Nos últimos 12 anos a Petrobras cresceu e não está mais em crise. Como falar que ela é mal gerida? A empresa é punjante e está em crescimento e se tornará maior ainda do que já é.

• 12h49  

  José Sérgio Gabrielli A Petrobras era a empresa com melhores condições para explorar o pré-sal. O conceito de partilha de produção é partilhar lucro da Petrobras com o governo federal. A Petrobras será a operação única do pré-sal, com participação de, no mínimo, 30% de operação. Isso criou resistência nas empresas internacionais que não querem o comando da Petrobras. Políticos brasileiros e diplomatas americanos querem reduzir o poder da Petrobras. Não quero dizer nomes, mas são os que hoje fazem oposição ao governo. Tirar a Petrobras de operação única seria tirar a viabilidade de política de recursos para o governo. Querem desqualificar a Petrobras criando a falsa imagem de que a Petrobras está em crise. A Petrobras teve R$ 5,4 bilhões no primeiro trimestre de 2014. Não foi R$ 7 bilhões porque reservou R$ 2 bilhões e pouco para o programa de aposentadoria de funcionários da Petrobras. A Petrobras é a empresa que mais cresce no mundo. Ela toma empréstimo para crescer e não para resolver o problema de caixa.

• 12h39  

  José Sérgio Gabrielli A refinaria de Pasadena gerou prejuízo de US$ 588 milhões. Toda empresa precisa fazer avaliação de seus ativos em produção. Em 2013, a Petrobras teve prejuízo de US$ 530 milhões, ou seja, ela reduz o ativo da Petrobras na contabilidade e abate no lucro, diminuindo dividendos. Em 2014, começa a ter resultado positivo, abatendo o resultado negativo. Se a cada dois meses tenho US$ 58 milhões, em 20 meses recupero. Assim, os resultados positivos deste ano podem recuperar os prejuízos do ano passado. Logo, Pasadena não é um prejuízo. Ela pode ser recuperada. Hoje, as ações da Petrobras valorizaram 41% em menos de um mês. A venda das ações da Petrobras, diferente da venda de 1998, foram ações primárias e não ações que pertenciam ao governo. Em 1999, a participação da Petrobras foi reduzida e em 2009 ela aumentou. Contudo, com o grande volume de ações da Petrobras, houve o aumento da especulação no mercado.

• 12h27  

  Parlamentares fazem nova rodada de perguntas ao ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.

• 12h26  

  Folha Explica O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa é investigado pelo Ministério Público Federal no Rio por supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras em 2006. Indicado pelo PP ao cargo de diretor da Petrobras, ele deixou o posto em 2012. Abriu uma consultoria e uma empresa de capital nacional e norte-americano de refinarias pré-moldadas. A principal polêmica é o preço do negócio: o valor que a Petrobras pagou em 2006 à Astra Oil para a compra de 50% da refinaria é oito vezes maior do que a empresa belga havia pago, no ano anterior, pela unidade inteira.

• 12h23  

  José Sérgio Gabrielli O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa não participou da primeira parcela de compra da refinaria. Ele esteve presente em uma reunião porque ele estava comigo em uma viagem que fazia no exterior. Em relação a segunda metade, Costa era a pessoa mais capacitada para se falar de refino no Brasil.