Strokes faz show recheado de hits antigos no encerramento do Lolla
Conhecido por sua pegada roqueira, o festival Lollapalooza chega à sexta edição brasileira neste sábado (25) e no domingo (26), no autódromo de Interlagos, com um line-up peculiar.
Fora uma ou outra grande atração, como os headliners Metallica e The Strokes, a programação é dominada por artistas da cena eletrônica ou que são influenciados por ela. The Weeknd e The Chainsmokers são só alguns exemplos dessa nova cara do festival.
Confira em tempo real a cobertura da "Ilustrada".
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METALLICA
Duração real: 130 minutos (21h10-23h20)
Poderia ter durado: o mesmo tempo, mas com canções diferentes na parte intermediária
Número de músicas: 18
Look da banda: metal sem firula – calça e camiseta preta
Resumo: visitante frequente do país nos últimos anos, o Metallica mostrou seu show mais pesado em muito tempo – por estar trazendo na bagagem o veloz e agressivo "Hardwired... To Self-Destruct" (2016), seu melhor disco neste século.
Desde a abertura matadora com as novas "Hardwired", "Atlas, Rise!" e a velha "For Whom the Bell Tolls", a banda mostrou uma apresentação revigorada, que levou parte do público a abrir rodas de pogo –os que aguentaram, claro, porque o quarteto americano atraiu um público com idade muito acima da média adolescente do Lollapalooza.
Sucessos em que os fãs fazem coro (como "One", "Nothing Else Matters" e "Enter Sandman") estiveram presentes como sempre, mas houve um resgate da pegada "thrash" que a banda tinha no início de sua carreira – vide a presença de "Whiplash", "Seek & Destroy", (ambas do primeiro álbum) e "Battery".
Lição: banda que sobreviveu tempo suficiente para se tornar uma instituição do metal, o Metallica mostrou como se faz um show profissional com um repertório renovado, sem alienar os fãs de primeira hora nem os que preferem a fase mais melódica. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO)Victoria Azevedo/Folhapress Show do Metallica ao fundo; muita gente já começa a ir embora do autódromo de Interlagos Metallica encerra pontualmente o show às 23h, apesar de ter atrasado dez minutos. Público pede bis. E eles atendem: voltam ao palco para tocar "Battery", outro clássico. (AMANDA NOGUEIRA)
"Amo quando vocês sabem cantar nossas letras", diz James Hetfield, do Metallica, antes de cantar "Seek and Destroy", do álbum "Kill 'em All". (AMANDA NOGUEIRA)
THE CHAINSMOKERS
Looks: Camiseta de caveira e moletom escrito Libertine em prateado.
Músicas: Impossível contar. Set repleto de mashups.
Resumo: Com remixes de The Killers, Red Hot Chili Peppers e até da música tema do Rei Leão, a dupla nova-iorquina The Chainsmokers, formada por Andrew Taggart e Alex Pall, lotou o palco Axe.
Flertando com o dub step e a bass music, ao vivo o som do Chainsmokers é mais visceral que suas baladas radiofônicas. Não demorou para o set virar uma espécie de rave-karaokê com as letras das músicas aparecendo no telão. O público respondia com pequenos moshs e bate-cabeças, e os rapazes no palco instigavam de volta pulando freneticamente ao redor dos seus equipamentos.
A euforia faz sentido. Mesmo sem ter um disco de estúdio, o duo que estouro ano passado com o hit "Closer" (uma das últimas do show), já colocou três músicas ao mesmo tempo no top 10 da parada Hot 100 da Billboard, feito alcançado apenas por Beatles e Bee Gees.Keiny Andrade/Folhapress O duo nova-iorquino The Chainsmokers Após o guitarrista Kirk Hammet solar literalmente com a sola do sapato, o Metallica toca "Fade to Black". (AMANDA NOGUEIRA)
Já chegando ao fim do show do Metallica, a banda toca um de seus maiores clássicos, "Master of Puppets". Enquanto isso, o sol da manhã não deixou lembranças, mas saudade: há fã com cobertor no show. (AMANDA NOGUEIRA)
No meio da geleia geral que esta sendo o set do Chainsmokers, um trecho da música de abertura do filme "O Rei Leão". (VICTORIA AZEVEDO)
Tudo junto e misturado: sem pudores, o Chainsmokers faz uma colagem sonora que vai do house ao rock. O público responde com pequenos moshs e bate-cabeças. (ALEX KIDD)
"One", música do Metallica vencedora de Grammy, ganhou projeção de vídeo e efeitos visuais. Foi a maior produção do show até o momento. A música é baseada no romance "Johnny Vai à Guerra", que narra a história de um soldado mutilado. (AMANDA NOGUEIRA)