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Donald Trump se torna o 45º presidente dos EUA; siga a posse
O republicano Donald Trump, 70, tomou posse nesta sexta-feira (20) como o 45º presidente dos Estados Unidos —o mais velho a assumir a Casa Branca.
Em seu primeiro discurso como presidente, Trump adotou tom agressivo e protecionista. Ele prometeu transferir o poder político de Washington para os americanos e disse que o povo não será ignorado pelo governo. "Vamos trazer de volta nossos empregos, nossas fronteiras, nosso patrimônio e sonhos." Leia aqui a íntegra do discurso.
Nas ruas de Washington, manifestantes realizam protestos contra o governo Trump. Alguns grupos entraram em confronto com a polícia a poucas quadras do trajeto do desfile presidencial. Mais de 200 pessoas foram detidas.
O desfile está marcado para começar as 18h (horário de Brasília), quando Trump sairá do Capitólio rumo à Casa Branca. À noite, ele e a primeira-dama, Melania, devem comparecer a três bailes oficiais.
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Montagem mostra diferença de público no dia da posse de Barack Obama, em 2009 (acima), e na de Donald Trump, nesta sexta (20); as duas imagens foram tiradas do mesmo ponto de vista e por volta do mesmo horário, pouco antes das 12h.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas compareceram à primeira posse de Obama, apesar do frio de -8ºC. Na posse de Trump, foi estimado um público de menos de 900 mil pessoas sob uma chuva fina.
Associated Press Posse de Barack Obama, em 2009 (acima), e a de Donal Trump, nesta sexta (20) Segundo o comitê que organiza a posse, o desfile do Capitólio até a Casa Branca, pela Avenida Pensilvânia, foi encurtado para uma hora e meia (Obama levou mais de duas horas) para que Trump vá imediatamente "para o trabalho" antes dos três bailes oficiais a que deverá comparecer à noite com a primeira-dama, Melania. Barack Obama e Michelle foram a 11. Bill Clinton, a 14.
É costume que os presidentes desçam da limousine e percorram parte do trajeto a pé.
Ivanka Trump, filha do novo presidente, publicou no Twitter uma foto de dentro da limusine blindada que a levará para o desfile inaugural.
Começa o desfile, Trump e Melania estão na limousine presidencial. Ele irá do Congresso até a Casa Branca.
Editoria de Arte/Folhapress Trump agora passa as tropas em revista.
Proteção dos mexicanos guiará relação com Trump, diz presidente do México
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS — Um dos virtuais principais prejudicados pelo governo Donald Trump, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, disse que a proteção dos mexicanos guiará a relação com o republicano.
"Estabeleceremos um diálogo respeitoso com seu governo, beneficiando o México. A soberania, o interesse nacional e a proteção dos mexicanos guiará nossa relação com o governo dos EUA", disse, em um canal oficial.
Carlos Jasso/Reuters Manifestante bate em uma piñata de Donald Trump em protesto na Cidade do México Peña Nieto é muito criticado internamente por ter recebido o seu agora colega americano na campanha eleitoral e por não ter feito uma defesa mais dura da permanência do país no Nafta e contra o muro na fronteira.
Centenas de mexicanos foram às ruas em protestos. Dois cartazes diziam: "Racista, gringo Trump, filho do Diabo, você é um perigo para o mundo" e "Trump, se você é cristão, não crucifique os mexicanos".
Nesta sexta, ao deixa a Casa Branca, Barack Obama e Michelle lançaram oficialmente o site da Fundação Obama, que usa a mesma logo das campanhas do democrata em 2008 e em 2012.
Em um vídeo publicado no site, o casal Obama diz que após "dormir um pouco" e passar um tempo com a família, eles vão iniciar um projeto que chamam de um centro para a cidadania –e pedem a participação dos internautas nele.
Acesse aqui o site e assista abaixo o vídeo:
Reprodução Petição no site da Casa Branca para que Trump divulgue seus dados fiscais No site da Casa Branca, a primeira petição feita no mandato de Trump pede que o presidente divulgue seu imposto de renda. Se ela chegar a 100 mil assinaturas em um mês, a Casa Branca é obrigada a se manifestar sobre o tema.
Principais governos europeus condenam protecionismo de Trump
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS — Os governos das três principais economias da Europa condenaram o protecionismo defendido por Donald Trump em seu discurso de posse como presidente dos Estados Unidos, nesta sexta-feira (20).
Sem citar nome do republicano, o presidente da França, François Hollande, disse que não é possível e desejável que um país se afaste da economia mundial, em referência ao desejo do americano de priorizar a indústria local.
Sebastien Bozon/AFP O presidente da França, François Hollande, faz discurso em uma indústria têxtil "Fechar as fronteiras como recomendam alguns, entre os quais o que presta julgamento em Washington, quem quer impor taxas ou direitos para impedir a entrada de produtos nos EUA, equivale a por em questão o trabalho", disse.
Com a declaração, ele fez alusão também ao programa de campanha de Marine Le Pen, da extrema direita do país, que é uma das candidatas à sua sucessão nas eleições de 23 de abril.
O vice-primeiro-ministro alemão, Sigmar Gabriel, alertou que o mundo deve se preparar para "tempos difíceis" nos próximos anos. "O que ouvimos foi um tom fortemente nacionalista. Foi um discurso extremamente sério."
O ministro do Tesouro britânico, Philip Hammond, disse que a posse criará mais incerteza na Europa que o "brexit". Para ele, a mudança no governo americano é um "grande problema" para toda a Europa.
Hammond também citou a preocupação com a mudança na proteção militar da Europa —o republicano considera a Otan obsoleta e no discurso disse que voltará os recursos militares para a proteção dos EUA.
"Qualquer coisa que mude a mude a atual situação da Europa, que é vizinha da Rússia, mas que vive sob a proteção dos EUA como vive, vai alterar as dinâmicas da União Europeia", afirmou.
A cerimônia terminou e Trump agora participará do desfile pelas ruas de Washington