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Governo federal prevê rombo de R$ 170,5 bilhões no Orçamento em 2016
Veja os destaques da entrevista coletiva dos ministros da Fazenda e do Planejamento
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Prevê-se superavit dos Estados de R$ 6 bilhões, o que deixaria a meta do setor público em deficit de R$ 164 bilhões.
Sobre o fato de a presidente afastada Dilma Rousseff ter escalado o ministro Nelson Barbosa para rebater os números apresentados pelo governo, Jucá afirmou que, "democraticamente", aceita qualquer crítica, mas que não se preocupa com isso porque os números são transparentes.
"Críticas são bem-vindas", afirmou Meirelles, porque ajudam a dimensionar o tamanho do problema. "Estamos apenas no oitavo de governo", disse.
Meirelles brincou dizendo que uma coisa que deverá ser providenciada rapidamente é a melhoria do equipamento de som do auditório —repórteres se queixavam de que não conseguiam ouvir os ministros.
Segundo Jucá, a determinação do governo é que a Eletrobras intensifique providências para entregar o balanço.
A empresa recorreu da suspensão de seus papeis na Bolsa de Nova York.
Jucá afirmou que o governo espera que a estatal reconheça rapidamente prejuízos no balanço para que ele seja registrado e os papeis voltem a ser negociados.
Segundo Meirelles, a dívida dos Estados está contemplada no novo cálculo da meta. O resultado líquido do aumento de despesas com Estados, pagamento de restos a pagar, compensados com receita de regularização de capital, foi estimado em R$ 20 bilhões. Mas esses números são imprevisíveis e não há um item específico para a dívida dos Estados ou a repatriação.
Não está contemplada capitalização da Eletrobras.
"Meta fiscal não é novela, para ser feita em capítulos", disse o ministro Romero Jucá (Planejamento), para criticar o fato de que o governo anterior modificou a meta mais de uma vez ao longo do ano.
Meirelles repetiu que medidas serão apresentadas e, se aprovadas, serão acrescentadas ao Orçamento neste e nos próximos anos.
"O que se deseja é que a dívida pública pare de crescer e volte a cair, sendo analisadas por vocês [imprensa] e por analistas externos."
"Um orçamento austero não significa um orçamento irrealista, que não será cumprido, mas um que não inclua despesas desnecessárias ou ineficazes", disse o ministro da Fazenda.
"O ponto chave é que, com essa reversão e com este Orçamento, não se pretende revisar novamente esta meta até o final do ano", disse Meirelles.
"O pressuposto básico é que é realista, sem deixar de incluir contas que precisam ser pagas, que estão atrasadas, que precisam ser pagas."
A reversão do contingenciamento será de R$ 21,2 bilhões.
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Atualizado em 26/12/2024 | Fonte: CMA | ||
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