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Deputados aprovam abertura do processo de impeachment de Dilma; acompanhe
A Câmara dos Deputados aprovou neste domingo (17) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A barreira de 2/3 dos votos necessários da Casa para a continuação do rito foi atingida.
A votação continua, mas 342 parlamentares, entre os 513 da Casa, já votaram a favor.
A derrota na Câmara não significa o afastamento imediato de Dilma. A decisão dos deputados precisará ainda ser confirmada por maioria simples pelo Senado, o que deve acontecer até o início de maio.
Na primeira etapa do processo, que durou 43 horas, quase 120 deputados discursaram. A votação do impeachment no plenário segue a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. Assim, o primeiro Estado a votar foi Roraima, e Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados é a alfabética.
Em São Paulo, manifestação a favor do impeachment reuniu 250 mil pessoas na avenida Paulista, de acordo com o Datafolha. Ato contra a saída da presidente Dilma teve 42 mil pessoas no Vale do Anhangabaú.
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Deputados citam 'vontade do povo'
Diego Garcia (PHS-PR), vice-líder do partido da Câmara, diz que é hora de "mudar o jogo". "O povo não aguenta mais tanta corrupção. O povo quer que o processo avance na casa".
Paulo Foletto (PSB-ES) diz que o partido tem mais de 90% dos votos favorável ao impeachment de Dilma. "O povo brasileiro vai para a rua dizer que não quer mais esse governo". Segundo ele, a presidente não tem competência para "desatar o nó político".
Deputados dizem que processo é uma 'farsa'
Ivan Valente (PSOL-SP) diz que o processo é um "farsa", comandada por um "réu", referindo-se a Eduardo Cunha, que "está livre, leve e solto" Para ele, Michel Temer é tão impopular quanto Dilma.
Daniel Almeida (PCdoB-BA) também afirmou que rito de impeachment é uma farsa e que a defesa de Dilma é consistente.
Cardozo afirma que não ficou feliz com decisão do STF, mas mostra otimismo
Indagado na coletiva se a decisão do STF foi uma derrota, Cardozo disse que "é evidente que não ficamos felizes", mas procura demonstrar otimismo com a circunscrição feita pelo tribunal sobre os dois fatos que podem ser analisados: pedaladas e créditos suplementares, isto é, excluindo fatos da Lava Jato e compra de Pasadena.
Guerra de cartazes durante fala de Cardozo
Durante o discurso do ministro José Eduardo Cardozo no plenário, parlamentares de oposição estenderam por alguns segundos uma faixa com dizeres 'Acabou a boquinha ". Deputados aliados exibiram cartazes de "Não vai ter golpe" e "Impeachment sem crime é golpe".
Cardozo afirma que sentiu 'clima positivo' no plenário
Em entrevista coletiva na sala da liderança do governo após a sua manifestação no plenário da Câmara, o ministro José Eduardo Cardozo disse que o STF reconheceu a tese de que apenas dois assuntos são tratados no impeachment, pedaladas e créditos.
Cardozo diz que sentiu um "clima positivo" no plenário e alega que pelo menos um.deputado lhe procurou há pouco para dizer que mudou de voto e vai contra o impeachment.
Protestos contra impeachment fecham vias e trânsito bate recorde em SP
Uma série de protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) fechou vias e fez o trânsito bater recorde na manhã desta sexta-feira (15) em São Paulo.
Cardozo diz que 'golpe' é vingança e que Temer não terá legitimidade
Em tom inflamado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, mirou na manhã desta sexta-feira (15), em seu discurso de defesa de Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, segundo ele, promoveu um ato "nulo" e "viciado" ao autorizar a tramitação do impeachment.
"Governo está acabando", diz deputado
Para o deputado Augusto Coutinho (SD-PE), impeachment não é golpe, "é um mecanismo constitucional, uma obrigação republicana", afirmou. "O governo está acabando, o momento do PT está se acabando", disse. O deputado acusa o partido da presidente de ter "usado dinheiro do povo".
CET afirma que não há mais bloqueio de vias em São Paulo
Segundo a CET, todas as vias bloqueadas por manifestantes contrários ao impeachment pela manhã já foram liberadas
Advogado-geral da União avalia outras ações no Supremo
Questionado pela Folha na saída do plenário, José Eduardo Cardozo diz que não descarta novas ações no STF, inclusive até o domingo.